sábado, 31 de março de 2012
A CONTROVÉRSIA
Está instalada a controvérsia. Como referimos ontem aqui, o caso dos atentados de Toulouse e da morte de Mohamed Merah poderia estar encerrado, mas não está. O ex-chefe da DST (Direction de la Surveillance du Territoire), Yves Bonnet, admitiu ao jornal "La Depêche du Midi" que Mohamed Merah seria um informador, ou mesmo mais do que isso, da DCRI (Direction Centrale du Renseignement Intérieur), propósitos aliás parcialmente contrariados pelo respectivo director, Bernard Squarcini, segundo o "Nouvel Observateur". Todavia, segundo o jornal italiano "Il Foglio", citado por "Press TV", Mohamed Merah viajou pelo Médio Oriente a coberto dos serviços secretos franceses.
Tínhamos já notado, em anteriores posts que publicámos, que a descrição do cerco a Merah e da sua morte era uma história muito mal contada. Assim como foi muito estranho o envolvimento pessoal do presidente Sarkozy neste caso, bem como as actuações do seu ministro do Interior, Claude Guéant, que dirigiu pessoalmente as operações de captura (e morte) de Merah e do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, que acompanhou os corpos das vítimas francesas de religião judaica a Jerusalém, numa incompreensível atitude de política externa.
As autoridades políticas francesas envidam esforços para abafar o caso e mesmo os jornais franceses não se mostram pródigos em informações, mas supomos que, se tal não for impedido, muitas revelações interessantes virão em breve a lume.
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assunto encerrado
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