quarta-feira, 6 de junho de 2012
RAY BRADBURY
Morreu ontem em Los Angeles, com 91 anos, o escritor norte-americano Ray Bradbury, autor de ficção científica (Fahrenheit 451) e de fantasia (Martian Chronicles), entre numerosos livros. Intitulava-se um "escritor de ideias" e costumava dizer: «A ficção científica é uma representação do real, a fantasia é uma representação do ilusório». No início da sua carreira teve o apoio do escritor britânico Christopher Isherwood.
Leitor insaciável e apaixonado por livros, o seu romance Fahrenheit 451 (onde os livros são queimados - o título refere-se à temperatura a que o papel arde), constituiu um extraordinário sucesso, está traduzido em português e foi adaptado ao cinema por François Truffaut em 1966.
Muito céptico em relação às novas tecnologias, que aliás prediz nos seus livros, exprimiu sempre as suas dúvidas em relação ao valor da internet na sociedade e recusou que a sua obra fosse convertida em e-books. «Temos já demasiadas máquinas», costumava dizer. E tinha razão.
Pode ler-se aqui uma notícia circunstanciada da vida e obra deste mestre da ficção científica que não chegou a ganhar o Pulitzer, mas recebeu uma citação do mesmo em 2007 "for his distinguished, prolific and deeply influential career as an unmatched author of science fiction and fantasy.”.
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