domingo, 13 de novembro de 2011

LIGA ÁRABE SUSPENDE A SÍRIA


A Liga Árabe, numa reunião realizada ontem na sua sede no Cairo, decidiu suspender a Síria da organização, advogando ainda a adopção de sanções contra o regime de Bachar Al-Assad e a retirada dos embaixadores árabes de Damasco. Foi reiterado ao regime alauíta o pedido de parar imediatamente com a morte de civis.

Trata-se de uma decisão surpreendente, e certamente motivada por preocupações outras que não a repressão desde há meses levada a cabo pelo governo sírio. Aliás, a Arábia Saudita , um dos países mais entusiastas desta tomada de posição, vem fornecendo desde os princípios do ano apoio militar directo para reprimir as manifestações no Bahrein e no Iémen.

Existem alguns motivos, que são aqui apontados, além de outros, para uma resolução que foi muito mal recebida pela maioria do povo sírio. Os contestatário do regime de Al-Assad são muitos, em termos absolutos, mas são poucos, relativamente à totalidade da população do país, mais de 20 milhões de habitantes. Os líderes árabes, que determinaram a votação, estão cada vez mais inseguros, por razões internas e externas.

Também é certo que a Rússia e a China se opõem a qualquer intervenção militar na Síria. E eventualmente no Irão. E a posição destes países será determinante na evolução da situação no Médio Oriente.

Como Israel se prepara para atacar as centrais nucleares do Irão, tarefa porventura difícil dada a sua dispersão (não se sabendo ainda se o país dispõe já de armamento atómico), deparamo-nos com um quadro cada vez mais complexo naquela que é, porventura, a mais complexa região do globo.

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