Transcreve-se de MPortal:
Historiadores revelam que o
Estado Islâmico foi criado pelos Estados Unidos
Para os historiadores, o anuncio de Barack Obama de combater o terrorismo é apenas um jogo para enganar, jogo no qual fazem a muito tempo e levam até hoje
A criação do Estado Islâmico por parte dos Estados Unidos, passou por três etapas: A destruição de regimes seculares e estabilizadores do Iraque e Síria e o apoio aos fundamentalistas sunitas contra Assad, segundo o historiador Robert Freeman.
"A
coisa mais importante a entender sobre o Estado Islâmico é que ele foi criado pelos
Estados Unidos", afirma o historiador Robert Freeman no Portal de notícias
"Common Dreams". Segundo Robert sua criação
passou por três etapas importantes.
A primeira fase de criação do grupo Estado Islâmico surgiu
durante a guerra do Iraque e a derrubada do governo secular de Saddam Hussein.
Segundo o
autor, o regime de Hussein era "corrupto, mas estabilizador", durante
seu governo não havia Al Qaeda no Iraque e o Estado Islâmico está enraizada
precisamente na Al Qaeda.
Além disso,
EUA deixou o poder no Iraque com metade da população que é sunita nas mãos de
um governo xiita. O fato de que o Exército iraquiano e Curdo (peshmerga) tenham
sido derrotados pelo Estado Islâmico é porque eles preferem se aliar com seus
correligionários jihadistas sunitas que se juntar com seus "adversários
religiosos" xiitas , diz o historiador.
A segunda
etapa foi na campanha contra o governo de Bashar al Assad na Síria. O
presidente sírio contava com uma força que por muitos anos manteve "uma
paz relativa" a um conjunto de seitas religiosas existentes no país,
afirma Freeman. Em suas tentativas de desestabilizar o governo da Síria, os EUA
ajudou o "precursor" do Estado Islâmico no país, entre os quais,
segundo o autor, é o Front-Nusra.
A terceira
etapa da formação do Estado Islâmico veio quando o governo dos Estados Unidos
juntamente com a Arábia Saudita e Turquia se organizaram para financiar e
apoiar os rebeldes na Síria", que, de acordo com Freeman, já era um
"pré-Estado Islâmico".
A Arábia
Saudita, professa em sua fé principalmente, o Wahhabism, uma das versões mais
"virulentas e agressivamente anti-ocidental" do Islã. Isso explica
por que 15 dos 19 sequestradores terroristas de 11 de setembro de 2001, eram
sauditas e do próprio líder da Al Qaeda Osama bin Laden.
Por sua vez a Turquia persegue seus próprios interesses na região, algo demonstrado pelo fato de que este país ", que financiou e promoveu o Estado Islâmico" não se juntou aos ataques aéreos atuais promovidos pelos EUA e seus aliados contra posições do grupo jihadista na Síria.
Por sua vez a Turquia persegue seus próprios interesses na região, algo demonstrado pelo fato de que este país ", que financiou e promoveu o Estado Islâmico" não se juntou aos ataques aéreos atuais promovidos pelos EUA e seus aliados contra posições do grupo jihadista na Síria.
A Turquia
não está interessado em fortalecer os combatentes Curdos contra o Estado islâmico,
pois dessa forma poderia estar fortalecendo a formação de um Estado Curdo,
lembrando que "uma parte dele seria hoje o território turco", diz
Freeman.
Apesar de
ter criado o Estado Islâmico, Os EUA mostram uma fragilidade na hora de
combate-lo devido a uma ausência de uma "estratégia coerente". Neste
sentido, os "rebeldes moderados" que os EUA treinaram na Síria contra
Assad agora se recusam a lutar contra o Estado islâmico, fato que segundo o
autor, não é surpreendente, uma vez que estes rebeldes jihadistas os deram
armas fornecidos pelos EUA, lembra o autor.
"As forças mais capazes de derrotar o Estado Islâmico" no curto
prazo, conclui ele, são a Rússia, a Síria e o Irã.
Para ele, o
anuncio de Barack Obama de combater o terrorismo é apenas um jogo para enganar.
Mas os
Estados Unidos preferem ver uma situação se agravar ainda mais com os
terroristas do que ver eles serem vencidos por seus inimigos, conclui o
historiador Robert Freeman.
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