quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

OSCAR NIEMEYER



Morreu ontem à noite, com 104 anos, Oscar Niemeyer, um dos mais famosos arquitectos do mundo. Natural do Rio de Janeiro, concebeu notáveis construções em diversos países, entre os quais, a convite do então presidente Juscelino Kubitschek, os edifícios oficiais de Brasília, como a Catedral, o Museu Nacional, a Biblioteca Nacional, o Congresso, o Palácio da Alvorada e o Palácio Presidencial do Planalto, onde hoje se realizam as cerimónias fúnebres. Em Portugal, foi autor do Casino do Funchal (na ilha da Madeira).

Sendo um homem de esquerda, membro do Partido Comunista Brasileiro (de que foi presidente), esteve exilado durante a ditadura militar no Brasil, viajando pela Europa e pelas Américas. O notável arquitecto paisagista brasileiro Burle Marx, um homem de inconfundível bom gosto, chamou-lhe, "um garoto da praia" e Caetano Veloso considerou-o "um inventor brasileiro".

Devem-se ao seu traço, fora do Brasil, numerosas obras, entre as quais o Museu de Arte Moderna de Caracas, a Universidade Houari Boumedienne, de Argel, a sede do Partido Comunista Francês, em Paris, o Centro de Exposições Internacionais Permanentes de Tripoli (no Líbano), o Centro Cultural Internacional das Astúrias, em Avilés, etc, tendo colaborado na edificação da sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. No Brasil, a sua presença arquitectónica integra o património das principais cidades.

Com a morte de Niemeyer desaparece um dos últimos grandes representantes da arquitectura do século passado, que produziu Le Corbusier e Walter Gropius.


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