domingo, 4 de dezembro de 2011
AS ELEIÇÕES NA RÚSSIA
Nas eleições legislativas hoje realizadas na Rússia, segundo as mais recentes sondagens à boca das urnas, o Partido Rússia Unida, de Vladimir Putin, obteve 48,5 % dos sufrágios, o que lhe garante 220 deputados, dos 450 lugares da Duma (câmara baixa do Parlamento). Nas eleições anteriores, o partido tinha alcançado 64,3 % , equivalente a 315 deputados, ou seja, a maioria absoluta que agora perde.
O Partido Comunista permanece a segunda força na Duma, com 19,8 % dos sufrágios expressos, o que demonstra ainda uma certa nostalgia pela ex-União Soviética. O Partido Rússia Justa, de centro-esquerda, alcançou 12,8 % dos votos e o Partido Liberal-Democrata, de tendência nacionalista, ficou nos 11,42 %.
Só os quatro partidos que passaram o limiar dos 7 % terão assento na Duma. Ignora-se ainda a percentagem de votantes, nos 110 milhões de eleitores convocados para o escrutínio.
De qualquer forma, a diminuição de votos em Rússia Unida constitui um enfraquecimento de Putin, que tinha surgido aos olhos dos russos como um restaurador do prestígio da Nação, depois dos equívocos de Gorbatchov e da presidência ébria de Boris Yeltsin.
Não restam porem dúvidas de que Putin, após ter cumprido dois mandatos de presidente (2000-2008), se candidatará de novo à presidência da República, passando o actual presidente Medvedev a primeiro-ministro, lugar que já desempenhara na presidência de Putin e a que agora regressará, uma vez o primeiro-ministro Putin novamente na magistratura suprema.
É suposto, que independentemente das políticas a prosseguir, esta sucessiva troca de cadeiras, a fim de cumprir a Constituição, não seja do total agrado dos russos.
De qualquer forma, e apesar da crise económica, a Rússia com Putin presidente deverá mostrar-se mais musculada face às investidas do Ocidente em vários teatros de conflito.
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1 comentário:
Força, Putin,
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