Tariq al-Hashemi |
Saídas que foram as tropas americanas do Iraque, onde nunca deviam ter entrado, o primeiro-ministro (xiita) deste país, Nuri al-Maliki, mandou prender o vice-primeiro-ministro (sunita), Tariq al-Hashemi, a quem acusou da prática de actos terroristas. Este refugiou-se na região semi-autónoma curda (a norte do país), recusando submeter-se a julgamento. Entretanto, os ministros pertencentes ao partido Al-Iraqiyya (de Hashemi), no governo de coligação, suspenderam as suas funções. Maliki avisou que os demitirá, o que fará regressar, muito provavelmente, a violência inter-sectária que abalou o Iraque em 2006 e 2007 principalmente, e que não cessou completamente até hoje, provocando milhares de mortos.
Apesar do governo ditatorial de Saddam Hussein, o Iraque era um país razoavelmente tranquilo até à invasão anglo-americana e dos seus sequazes. Hoje, o mais que se desejaria, em nome da paz, seria regressar ao tempo pré-invasão, mas, como diria, na ópera de Verdi, Otello a Desdemona, antes de assassiná-la: "È tardì".
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