Il fut
l’architecte attitré du parti nazi, puis le ministre de l’Armement du IIIe
Reich. Hitler en avait fait son dauphin. Au procès de
Nuremberg, il fut reconnu coupable de crimes contre l’humanité et condamné
à vingt ans de prison. Et pourtant Albert Speer a toujours été
considéré par les Allemands comme une personne parfaitement respectable.
Lors de sa sortie de prison, en 1966, le chancelier social-démocrate Willy
Brandt lui envoya un bouquet de fleurs. Pour ses 70 ans, il reçut les
félicitations d’Helmut Kohl. Ses souvenirs se sont écoulés en millions
d’exemplaires. « C’était l’ex-nazi préféré des Allemands », résume Klaus
Wiegrefe dans Der Spiegel.
Une nouvelle biographie montre comment une telle complaisance a été
rendue possible. Elle est
signée de l’historien Magnus Brechtken qui règle notamment ses comptes avec
ses propres collègues et prédécesseurs. Pour lui, les historiens allemands
de l’après-guerre – et Joachim Fest, célèbre biographe d’Hitler mais aussi
de Speer, en tout premier lieu – ont pris pour argent comptant « les
légendes, les mensonges, les contes » que Speer propageait à propos du
nazisme et de sa propre responsabilité. Ils l’ont fait par « confort,
ignorance, inconscience, indifférence, réticence devant la complexité et la
masse des sources ». Il faut dire que Speer constituait un témoin de
premier ordre, le seul dignitaire de premier plan à pouvoir les régaler en
anecdotes sur les rouages du IIIe Reich. Il faut dire aussi que Speer,
en prenant ses distances avec les crimes nazis, permettait aux Allemands de
s’identifier à lui. « Si le numéro 2 du régime n’était pas nazi, mais un
simple expert apolitique qui n’avait soi-disant rien su des crimes commis,
alors tous les autres Allemands pouvaient revendiquer pour eux-mêmes cette
même mise à distance », explique Wiegrefe.
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6 comentários:
Obviamente que não desistem. Historicamente, secularmente, está-lhes no sangue. Perguntem aos polacos.
Entretanto um pouco subtil IV Reich, vulgo "União Europeia", mobiliza o inculto jóvem, sedento de poder a qualquer preço, Macron/Petain.
Não percebeu que os franceses que votaram, não votaram nele. Apenas votaram, mal ou bem, contra o papão Le Pen.
E sim, muitos, felizmente, mais de metade dos eleitores, ficou em casa. O que quer dizer que nem sequer têm que passar pela dramática angústia de mudar de club político para que seja imediatamente exequível o re-DeGaulizar a França.
Análise da distribuição eleitoral em França, tal como nos EUA e no RU mostra a ingenuidade política das jóvens gerações: os que ainda "estudam" -até aos 30 e mais!- e os que nem isso....
Talvez o comentário acima se destinasse ao meu post anterior.
Na verdade na curiosa combinação (inconsciente ?) dos dois posts.
Sendo que esta UE -apesar de todas as propagandas mais ou menos exóticas em curso- é apenas o velho problema entre: França (franceses) e o/os hoje Países seus vizinhos a Este.
...
"... Was Mitterand’s insistence on a common European currency because of his fear of a re-unified Germany or because he was actually aiding in the realization of the stratagem of Friedrich List, as envisaged by the Third Reich? (For more detailed discussion of this, see–among other programs–FTR #746.)...".
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"...We should not lose sight of the fact that it is largely the advent of the euro itself that has brought about the financial crisis in Greece, Italy, Portugal and Spain....".
...
Se non è vero, è ben trovato.
Speer foi um homem hábil,inteligente,bem parecido,tendo de facto conseguido,ao contrário do restante dos seus comparsas,"limpar" boa parte da sua imagem de governante co-responsável do maior desastre europeu desde o Átila (senão mesmo desde a criação geológica da Europa). Em sucessivas memórias e diários,minimizou o seu papel,aproveitando para fornecer,para entretenimento,detalhes palpitantes mas marginais sobre a vida na chancelaria.
Mas a verdade é que a sua inteligência e dinamismo estiveram sempre ao serviço dos projectos sinistros que conhecemos,e promoveu até ao fim último os programas de armamento e logística qu permitiram a continuidade da guerra muito para alem do limite que os militares bem sabiam ser a derrota inapelável,com a consequente perda inútil de milhares de vidas. Podia,como outros mais corajosos,ter colaborado no golpe do verão de 44,mas não:era fiel. Consta que este livro ajuda a desmitificar o elegante e "simpático" Albert Speer. Logo que traduzido em lingua acessivel,imediatamente o encomendarei. Bem haja o autor do blog por chamar a atenção para esta novidade.
Não conheço este livro e ainda não li o que reproduzi no Facebook da autoria da mesma pessoa: "Inside the Third Reich".
Alber Speer era um homem elegante e inteligente, como o comentador afirma, e antes da pasta do Armamento começou por ser o "idealizador" das novas cidades alemãs.
Continua a ser muito difícil de saber o que se passou no "santo dos santos" (aceite-se a expressão)do Terceiro Reich, especialmente na sua fase final, mas é possível que, para além dos conspiradores falhados, houvesse mais alguém que chamasse a atenção do Führer para a inevitabilidade da derrota. Talvez nunca se saiba. E há hoje diversas versões sobre os momentos finais do III Reich.
Não posso condenar Speer pela sua fidelidade a Hitler, a quem tinha prestado juramento. Também Mitterrand prezava a fidelidade e a amizade acima de tudo. E em certas alturas não se pode recuar.
Aguardo igualmente com interesse a edição do livro em língua mais acessível do que a alemã. Pode ser que traga novidades. Ou não.
O poder, a servidão.
"It has served us well, this myth of Christ.".
O poder de escolher a quem servir, ou não.
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