sexta-feira, 10 de maio de 2013
JOÃO VILLARET
Ocorre hoje o centenário do nascimento de João Villaret, actor e declamador dos mais notáveis do século XX português, que morreria, prematuramente, a 21 de Janeiro de 1961.
Quem, como eu, ainda teve ocasião de o ver sobre as tábuas do palco (entre outros espectáculos assisti à estreia, no antigo Teatro Avenida, da peça Patate, de Marcel Achard, onde, já doente, ele entrou em cena pela última vez), pode avaliar o privilégio de assistir às suas extraordinárias interpretações.
Os seus desempenhos em Esta Noite Choveu Prata, ou em A Ceia dos Cardeais, ou no Romeiro do Frei Luiz de Souza tornaram-se lendários e os seus recitais de poesia (quem não se recorda das noites no S. Luiz, felizmente gravadas em disco?) fizeram escola, mesmo que haja quem actualmente prefira outra estilo de diseur.
Não será exagero afirmar que João Villaret incarnou uma época do teatro português e uma outra vivência de Portugal, hoje caída no olvido. Por isso, são escassas as referências à sua pessoa, que, também ela, contribui para a divulgação da poesia de Fernando Pessoa.
Oiçamos, do poeta, "O menino de sua mãe":
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