Transcrevemos o post de Pacheco Pereira, publicado anteontem no blogue "Abrupto":
Hoje é um dia em que a politiquice, a pura coreografia política, a ilusão, o dolo, vão atingir limites de insulto a todos os portugueses que estão a empobrecer. Esta dança entre Passos Coelho e Portas (e deliberadamente escrevo antes de Portas falar) é a utilização da comunicação social e de alguns truques demasiado conhecidos para "todos se sairem bem", com o objectivo de nos distrair e enganar. É corrrupção das mentes, tão grave quanto a dos bolsos, é exactamente tudo aquilo que desagrega velozmente uma democracia. Metáforas habilidosas, recursos semânticos de um autor de títulos de soundbyte, frases que pretendem ser virais, desculpas apresentadas como vitórias, imagem, imagem, imagem, vaidade, vaidade, vaidade. E pequenez disfarçada de esperteza.
O combate contra o governo incompetente, arrogante e destruidor que
temos, que vive do medo das pessoas de perderem o mais básico da sua
vida, vai acabar por ter mais do que uma dimensão política, vai ter uma
dimensão de dever, de obrigação, uma dimensão ética. Com este tipo de
coerografias dolosas, sem respeito por ninguém, sem sentido de
responsabilidade, e muito menos de estado, está-se a abrir o caminho
para a desobediência civil. E estou a dizer exactamente o que quero
dizer.
ESTE GOVERNO SE NÃO FOSSE UMA TRAGÉDIA, SERIA UMA FARSA!
1 comentário:
Tem toda a razão. Mas parece-me que se está a assemelhar a uma tragicomédia.
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