quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

GRAVES INCIDENTES EM ATENAS


A sétima greve geral deste ano na Grécia, contra as medidas de austeridade decretadas pelo governo helénico, que estão a desmembrar o tecido económico do país e a reduzir a população à miséria, foi acompanhado de graves confrontos entre os manifestantes (mais de 100.000) e a polícia (também vítima da austeridade decretada pelo FMI). Registaram-se inúmeros incidentes, dezenas de feridos, montras partidas, carros incendiados, pedras de calçada arrancadas, bombas de gasolina vandalizadas, cocktails molotov arremessados nas ruas e um antigo ministro conservador foi mesmo agredido à porta do Parlamento.

Como se vê aqui, a onda de violência, que atingiu até um hotel de luxo, repetiu-se em Salónica, segunda cidade do país, e noutras localidades, incluindo as ilhas gregas do mar Egeu. A situação ameaça tornar-se incontrolável e há mesmo o receio de que alastre a Espanha e a Portugal.


Os incidentes estão a ser atentamente seguidos em Berlim pelo governo da luterana Angela Merkel, e constituem um sério aviso quanto a uma possível dissolução da União Europeia, cujos custos para a Alemanha seriam incalculáveis, segundo afirmou ontem à imprensa o antigo chanceler Helmut Schmidt.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ayer, Atenas......
¿Mañana, Madrid?

Anónimo disse...

Helmut Schmidt por cauces de olvidada sensatez.....