sábado, 30 de setembro de 2017

NA MORTE DE LILIANE BETTENCOURT




Só agora tomei conhecimento da morte de Liliane Bettencourt, proprietária de L'Oréal e a mulher mais rica de França, ocorrida no passado dia 27, na sua casa de Neuilly, em Paris.

Figura curiosa da sociedade, uma senhora muito "vieille France", elegante e discreta , Liliane Bettencourt contava 94 anos e fora, há alguns anos, alvo privilegiado das notícias da imprensa francesa e mundial, devido a um processo de interdição intentado por sua filha, devido às suas liberalidades, em especial com o seu amigo predilecto, e muito mais novo, o fotógrafo-escritor homossexual François-Marie Banier (que a acompanhava na vida social), e também de dádivas "suspeitas" para a campanha de Nicolas Sarkozy.

Com a sua morte desaparece toda uma época, e só restarão recordações.

Tanta tinta correu na altura acerca dela, e dele, que evoquei o caso neste blogue, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, pelo menos.

Espero que alguém se decida a escrever a biografia da velha senhora. Existe um livro de banda desenhada, Tout le monde aime Liliane. L'affaire Bettencourt, mas importa uma investigação séria, desde a vida e os negócios do pai, Eugène Schueller, à carreira do marido, André Bettencourt, ministro do general De Gaulle, de Georges Pompidou e de François Mitterrand, às amizades de Liliane, que se concentravam nomeadamente nos círculos culturais e homossexuais masculinos, aliás, a maior parte das vezes coincidentes.

Agora, morta a mãe (o pai morrera em 2007), a filha única, Françoise Bettencourt Meyers, casada com Jean-Pierre Meyers, neto de um rabi, e que decidiu que os filhos fossem educados segundo a lei judaica, poderá dispor livremente da totalidade da imensa fortuna.


1 comentário:

Anónimo disse...

Os filhos têm tendência a transgredir as leis em que os pais os obrigaram a ser educados. Pode investigar, e informar os seus fieis leitores?