sexta-feira, 28 de junho de 2013

MIGUEL-ÂNGELO E TOMMASO DEL CAVALIERE




Miguel-Ângelo Buonarroti (1475-1564), um dos maiores artistas da civilização ocidental, dispensa qualquer apresentação. Pintor, escultor, também arquitecto, a sua obra é justamente considerada como genial.

Talvez seja, porém, menos conhecida, a sua faceta literária, concretizada nos inúmeros poemas que escreveu, muitos dos quais dedicados à grande paixão da sua vida, o nobre romano Tommaso del Cavaliere (1509-1587), segundo a História, e as próprias palavras do Mestre, um dos mais lindos rapazes do seu tempo.

Escultura de Miguel-Ângelo, supostamente representando Tommaso del Cavaliere

O encontro de ambos ter-se-á dado em 1532, tendo Tommaso 23 anos e Miguel-Ângelo 57. Muito se tem insistido no carácter meramente platónico da paixão de Miguel-Angelo, talvez devido às alterações introduzidas nos textos pelo sobrinho-neto do artista, que pretendeu lançar sobre a vida do tio um manto diáfano de fantasia. Mas é evidente que este considerava Tommaso o ideal da beleza masculina, como consta das obras coevas e recentes, tal a de John Addington Symonds, um dos grandes especialistas na matéria.

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O escritor polaco Julian Stryjkowski (1905-1996) escreveu em 1982 uma curiosa novela, com fundamentação histórica, baseada nos amores entre os dois pintores, já que Tommaso recebera durante anos lições do mestre.


Esta pequena obra revela não só factos do relacionamento entre os dois homens, como episódios curiosos da vida de Miguel-Ângelo.

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