quarta-feira, 20 de março de 2013

DEZ ANOS DEPOIS


A verdadeira bandeira do Iraque


Ocorre hoje o décimo aniversário da invasão anglo-americana do Iraque, em que participaram forças armadas de outros países. A decisão final (pelo menos formal) foi tomada na vergonhosa Cimeira das Lajes, onde foi anfitrião o então primeiro-ministro de Portugal e actual presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. Participaram três figuras sinistras que hoje já não estão no poder: o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair e o presidente do governo espanhol, José Maria Aznar.

A invasão e destruição do Iraque prenunciou a destruição do Médio Oriente, que prossegue hoje com a guerra civil na Síria. Só no Iraque, o número de iraquianos mortos, feridos, estropiados, desalojados, emigrados, loucos, deficientes ronda os cinco milhões (5 milhões de vítimas). Além dos soldados estrangeiros feridos e mortos.

Nenhum dos responsáveis desta verdadeira carnificina, assente em flagrantes mentiras, conforme já se sabia então e foi mais tarde amplamente comprovado, foi submetido a julgamento e por isso os seus crimes de guerra e contra a Humanidade permanecem impunes.

Muito se escreveu sobre o assunto durante estes dez anos. O "Público" procede hoje a um resumo dos acontecimentos. As armas de destruição maciça não existiam. A Al-Qaida até era combatida por Saddam Hussein. Desde então o fundamentalismo islâmico não pára de progredir.

Temos já razões de nos interrogarmos se a chamada "Primavera Árabe", a coberto de boas intenções, não foi desencadeada pelos mesmos artífices da invasão do Iraque com o intuito de desestabilizar todo o Mundo Árabe, à excepção, por agora, das petro-monarquias da Península Arábica.

As guerras, ao longo da História, sempre foram más, mas afigura-se que o cinismo da nossa época ultrapassa o inimaginável.

Aos autores morais (eles nunca são materiais, estão sempre nos seus gabinetes) desta tragédia só poderemos desejar que, na hora da verdade, a terra lhes seja bem pesada.

1 comentário:

Anónimo disse...

morte a SATAN