quinta-feira, 19 de maio de 2011

NA DEMISSÃO DE DOMINIQUE STRAUSS-KAHN

Atendendo à sua situação de detido, o director-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, acabou de apresentar por escrito a demissão do lugar. Já ontem, a ministra das Finanças de Espanha, Elena Salgado, e a sua homóloga austríaca, Maria Theresia Fekter, duas mulheres pouco recomendáveis, haviam insistido para que DSK renunciasse rapidamente ao posto. Parece que estão ambas solidárias com a suposta criada de quarto. Coisas de fêmeas.


Logo a seguir à renúncia, começaram a aparecer nomes de possíveis sucessores. Um dos mais falados é José Manuel Barroso, presidente da Comissão Europeia. Acho, que como pagamento da Cimeira das Lajes, em que recebeu três figuras sinistras, Bush, Blair e Aznar, já teve a sua recompensa. Não deveremos ser demasiado exigentes. Disputa-se (é o verbo adequado) o cargo. Talvez Christine Lagarde, ministra francesa das Finanças. Só haverá mulheres como ministras das Finanças na Europa??? Mas poderia ser uma solução de compromisso entre o homúnculo do Eliseu e a chancelerina do Reich.


Faço uma sugestão. Já que os poderes internacionais apontam para um europeu, porque não o inefável Vítor Constâncio, ex-governador do Banco de Portugal, onde procedeu a uma notória actividade de regulação, em prémio da qual lhe foi dado o lugar de vice-governador do Banco Central Europeu, também com o pelouro da regulação (não sei com que intenções). Lá teríamos mais um português à frente de uma instituição internacional, com Guterres, que deixou o país no pântano e foi para alto-comissário da ONU para os Refugiados, com Barroso, que fugiu de Portugal a sete pés para a presidência da Comissão, e com Sampaio, que findo o glorioso mandato de presidente da República foi designado Alto-Representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Estas prebendas, que também são atribuídas a cidadãos de outros países, justificam plenamente o estado a que o mundo chegou.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para que tanta azáfama? Afinal, como disse à RF1 um professor da Paris III (Sorbonne) - cujo nome infelizmente não retive - o novo director vai ter que merecer a aprovação dos EUA.
A Merkel já disse que tem que ser europeu. Não sei se será para fazer sentir melhor alguém mas parece-me irrelevante a nacionalidade; afinal de contas há mais lacaios dos americanos na política europeia do que nos próprios Estados Unidos.

Valeia