segunda-feira, 18 de outubro de 2010

FINIS PATRIAE


Publicou Guerra Junqueiro Finis Patriae em 1890. A voz do poeta teve uma imensa repercussão nacional nos últimos anos da Monarquia. Não há hoje vate que se lhe compare na sua contestação da política portuguesa. Nem sempre concordando com as ideias que expressou, entendo que vale a pena, atendendo às actuais circunstâncias, transcrever o poema final daquela obra, dedicado "À Inglaterra". Para que a actualidade se mantenha, substitua-se Inglaterra por União Europeia e realizem-se mentalmente as indispensáveis adaptações. A "dedicatória" à Inglaterra  foi motivada pelo ultimatum britânico a Portugal. Mas pode dizer-se, em abono da verdade, que a perspectiva da Inglaterra em relação aos outros países nunca se alterou, como se pode comprovar pela recente governação do sinistro Tony Blair. A obra Finis Patriae está publicada no livro Horas de Luta.







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3 comentários:

Anónimo disse...

Junqueiro não foi um dos poetas maiores mas um homem que representou em certo momento a consciência nacional. A prová-lo os seus funerais, uma homenagem a uma espécie de pai da Pátria.

Porque a história se repete, a sua poesia torna-se actual, só não temos o vate para cantar agora as desgraças lusitanas.

Não será Alegre que incarnará essa personagem, por incapacidade e falta de convicção.

Anónimo disse...

Podia o autor do blog transcrever também do "Finis Patriae" o poema "O Caçador Simão", substituindo Simão por Sócrates. Dava imenso jeito.

Anónimo disse...

Foi Junqueiro um homem de vincada personalidade, defensor dos pobres e dos oprimidos contra a tirania monárquica. Se tivesse vivido mais tempo, sê-lo-ia sido também contra a tirania republicana.

E levantaria hoje a sua voz contra a tirania pseudo-democrática em que vivemos.