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João Salgueiro, ex-subsecretário de Estado do Planeamento de Marcelo Caetano, ex-ministro de Estado e das Finanças e do Plano de Balsemão, ex-vice-governador do Banco de Portugal, ex-presidente do Banco de Fomento Nacional, ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos e ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos, foi recebido ontem no Palácio de Belém - como simples cidadão - pelo presidente da República.
À saída, voltou a defender as receitas que tem preconizado para a resolução da crise económica e financeira nacional, nomeadamente o congelamento ou diminuição dos salários e das prestações sociais, o possível aumento de impostos (como já admitira o inefável Vítor Constâncio) e outras medidas extremamente gravosas para a "classe média", já que os pobres dificilmente ficarão mais pobres.
Ao contrário da visão apocalíptica de Medina Carreira, que propõe remédios diversificados, a visão apocalíptica de João Salgueiro incide primordialmente na sobrecarga dos trabalhadores e dos mais fragilizados. Nunca se lhe ouviu uma palavra para, por exemplo, criticar os negócios e os roubos da banca.
Esta argumentação de João Salgueiro vem sendo expendida desde há muitos meses, e cada vez com mais insistência. O que fará correr João Salgueiro?
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