sábado, 12 de dezembro de 2009

UM CRIMINOSO DE GUERRA

Segundo o PÚBLICO de hoje:

"O antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair declarou à BBC, numa entrevista a transmitir amanhã, que "teria sido justo derrubar" o Presidente iraquiano Saddam Hussein de qualquer maneira, mesmo sem quaisquer provas de que ele tivesse armas de destruição em massa."

Mais acrescentou Blair:

"Se não fossem as pretensas armas de destruição em massa, teria sido necessário "recorrer a outros argumentos", disse candidamente o ex-primeiro-ministro, que no início de 2010 terá de responder num inquérito sobre os motivos que levaram a Grã-Bretanha a alinhar com os Estados Unidos na invasão do Iraque."

Estas afirmações, que não constituem surpresa, dispensam comentários. Apenas uma nota: este homem, que ao lado de Bush desencadeou uma guerra que já vitimou milhões de pessoas, entre mortos, feridos, estropiados, loucos, deslocados (um cortejo de horrores) pretendeu ser presidente da União Europeia. E quase que foi escolhido, pois tinha muitos apoiantes. Isso significa que a UE poderá vir a ter á sua frente um criminoso de guerra. Portanto, todos os cuidados são poucos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se todos os responsáveis por intervenções militares noutros países (para as quais sempre encontram razões) forem classificados como criminosos de guerra,então toda a história da Humanidade está recheada desses "criminosos",desde os faraós aos imperadores persas,desde o Alexandre da Macedónia aos imperadores romanos,desde os califas que ordenaram a invasão da nossa península aos nossos estimados primeiros reis que expulsaram os mouros,desde o Napoleão ao Bismarck,etc,etc. Gastaria várias caixas de comentários a enumerar todos esse abomináveis "criminosos". Porquê essa indignação tão selectiva quanto ao sr. Blair? As outras guerras não resultaram tambem em cortejo de mortos,estropiados,refugiados ?

Blogue de Júlio de Magalhães disse...

PARA O ANÓNIMO DAS 2:33:

É claro que sempre houve guerras abomináveis. Isso não constitui justificação para as aprovarmos. Nomeadamente nos nossos dias e por parte de um país que se pretende civilizado. E com a invocação de pretextos absurdos, como as armas de destruição.

Mas pelos vistos concorda com Blair, e com o seu descaramento inaudito!