A historiadora e psicanalista francesa de origem romena Elisabeth Roudinesco, professora da Universidade de Paris e autora de vastíssima obra (o seu último livro, Sigmund Freud dans son temps et dans le nôtre, foi galardoado em 2014 com o Prix Décembre e o Prix des Prix Littéraires), concedeu ao nº 2686 da revista "L'Obs" (28 de Abril a 4 de Maio) uma entrevista que, pela sua extraordinária importância, se reproduz.
Nela, Roudinesco afirma que em trinta anos a vida intelectual francesa passou dos maîtres-penseurs aos ensaístas de extrema-direita e que o fracasso do comunismo real teve um papel decisivo na revisão da História. Diz mais: «C'est terrible à dire, mais je sens un désir inconscient de fascisme dans ce pays.»
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Não concordando integralmente com as asserções de Elisabeth Roudinesco, não posso deixar de reconhecer, até pelo conhecimento da sua obra e das suas posições políticas, que o conteúdo desta entrevista é um contributo inestimável para a compreensão da situação em que "ideologicamente" nos encontramos, e como foi possível chegar até aqui.
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