Pela sua relevante importância, transcrevemos do PÚBLICO:
Testemunho a Eanes é um apelo moral, ético e cívico
Ao fim da manhã desta quarta-feira é apresentada em Lisboa o testemunho público ao cidadão António Ramalho Eanes.
A iniciativa da sociedade civil está marcada para o próximo dia 25. “É um apelo moral, ético e cívico, vivemos uma situação de crise e entendemos que nesta situação o capital mais importante é o capital humano, as pessoas”, afirma, ao PÚBLICO, Mendo Castro Henriques, um dos organizadores da iniciativa. “No passado como Presidente da República, e como cidadão, Ramalho Eanes, conseguiu tirar o país de uma crise, pelo que é importante passar às novas gerações este testemunho, como exemplo para o futuro”, anota o professor universitário.
“Este testemunho não visa
qualquer promoção de natureza política, pretende salientar os
comportamentos do cidadão Ramalho Eanes”, ressalva Loureiro dos Santos,
companheiro de armas do antigo Presidente. “É natural que surjam
aproveitamentos políticos”, admite. Contudo o que o motiva não é a
grelha de partida das próximas eleições presidenciais ou o germe de um
novo partido ou associação política. “Não se pode ignorar o
comportamento de Ramalho Eanes sempre marcado pela honra, dignidade,
coragem e sentido de Estado”, sublinha.
Da comissão cívica que apoia o testemunho constam, entre outros, Artur Santos Silva, António Rendas, Belmiro de Azevedo, Rui Veloso, Aires Barros, Rui Rangel, Bagão Félix, António Capucho, João Proença, Vasco Lourenço, Rosa Mota, Leonardo Mathias, António Saraiva e Vasco Lourenço. A 25 de Novembro – “a data em que Ramalho Eanes nasceu para a vida pública”, como refere Loureiro dos Santos, Guilherme D´Oliveira Martins, Garcia Leandro e João Lobo Antunes falarão de Eanes como estadista, militar e cidadão. Depois, António Barreto anunciará a criação do prémio Responsabilidade e Cidadania António Ramalho Eanes, um galardão bienal no valor de 50 mil euros. Os patrocinadores são: Sonae, Mota Engil, Silampos e Fercit. No grande auditório da FIL, em Lisboa, decorrerá, ainda, uma mesa-redonda com os jornalistas Henrique Monteiro, Fernando Dacosta e José Alberto Carvalho moderada por Fátima Campos Ferreira.
“Não estão envolvidos militares no activo”, destaca Loureiro dos Santos. O general enumera episódios do que considera o percurso ímpar de Eanes: ficou com o ordenado de militar, de Chefe do Estado Maior das Forças Armadas; recusou a promoção a marechal; não quis receber os retroactivos do vencimento dos ex-Presidentes da República. “Mostrou desprendimento”, sintetiza.
3 comentários:
Alem de um militar exemplar,é um cidadão unesto, integro e fiel aos seus princípios.um exemplo único para todos os pulíticos, passados e presentes.
Bem aja, Sr General
Homenagem inteiramente justa a um homem probo, íntegro e de boa cepa lusitana.
Francisco Henriques da Silva
Acho que deveríamos estar presentes massivamente, nesse encontro.
Nada mais justo!
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