domingo, 17 de novembro de 2013

ESTADO DE EMERGÊNCIA EM TRIPOLI





Depois dos confrontos violentos de anteontem e ontem em Tripoli, que provocaram pelo menos 46 mortos e 400 feridos, foi declarado o estado de emergência na capital da Líbia. A população insurgiu-se definitivamente contra a acção das milícias armadas tribais, que fazem as vezes de forças de segurança mas que actuam verdadeiramente de acordo com os interesses próprios.

O governo do primeiro-ministro Ali Zeidan não possui já qualquer autoridade e o país transformou-se numa manta de retalhos de pequenos estados autónomos. Segundo o PÚBLICO, o próprio chefe dos serviços secretos, Mustafa Noah, foi raptado quando chegou hoje ao aeroporto de Tripoli, vindo de uma reunião na Turquia.

Informa a Al-Jazira que a situação de instabilidade alastrou a todo o território, sendo imprevisível o evoluir desta crise, a maior desde a queda do regime de Muammar Qaddafi.

A invasão da Líbia pela NATO foi um erro, a menos que se tenha tratado do inconfessável objectivo de destruir o país. Conhecem-se as turpitudes do deposto e assassinado coronel, mas a acção militar inicialmente prevista visava apenas a protecção da cidade de Benghazi, alvo das iras de Qaddafi, e não o derrube do regime.

A situação económica e social na Líbia é hoje muito pior do que antes da revolução de 2011, e a insegurança é generalizada.

Deveria perguntar-se ao grande arauto da invasão, o filósofo francês Bernard-Henri Lévy e aos chefes dos governos da Aliança Atlântica, que solução preconizam agora para transformar a Líbia num estado democrático?


1 comentário:

Anónimo disse...

Não preconizam solução nenhuma. Ou não a têm ou convém-lhes que se instale o caos. Há sempre quem aproveite