Publicado recentemente, o livro Mon corps mis à nu, de Stéphane Lambert é uma evocação da descoberta do corpo, do próprio corpo do autor, desde a infância até à idade adulta. Escrito com grande sobriedade, mas sem evitar os detalhes mais íntimos, Lambert conta uma história, que será a história de muita gente, certamente muito mais gente do que poderíamos supor. Todos nós, num momento ou noutro, nos identificaremos com o trajecto do autor, aqui revelado sem subterfúgios em toda a sua crueza e autenticidade.
Como escreve o editor, em nota que transcrevemos, Stéphane Lambert (nasceu em Bruxelas em 1974) "renova o género da autobografia" e faz-nos recuar à nossa adolescência, confrontando-nos com os nossos fantasmas:
«Ce récit traite un thème littéraire fondamental : le corps
qui est le nôtre, le corps que nous sommes, le corps que nous devenons à
travers les expériences que nous en faisons ou qu'il nous amène à
vivre. Sans complaisance aucune, mais loin de toute hypocrisie et de
toute provocation, Stéphane Lambert évoque ici une telle histoire où
l'être sexuel du corps - homosexuel en l'occurrence - s'impose comme
défi à la société. Histoire du moi et histoire du corps se croisent sans
jamais tout à fait coïncider, de l'enfance à l'âge adulte, composée en
creux d'un abus qui était aussi une vraie initiation au plaisir. Livre
cru, souvent cruel et impitoyable, écrit dans un style classique d'une
grande pureté et d'une précision sans faille, Mon corps mis à nu
renouvelle le genre de l'autobiographie.»
Autor de uma dezena de obras, e também jornalista, a sua temática abrange especialmente o desejo, o corpo, a identidade, a famíla, o luto, a morte e o caos do mundo contemporâneo. O livro Mon corps mis à nu é o segundo volume da trilogia "Trindade profana", iniciada com Mes morts.
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