quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

CONSPIRAÇÕES E TEORIAS DA CONSPIRAÇÃO

Foi publicado há um mês o livro As Conspirações que Mudaram o Mundo, de Frederico Duarte Carvalho, que, como o título indica, nos fala da existência, ao longo dos tempos, de várias conspirações e de teorias da conspiração. 

É certamente verdade existirem "teorias da conspiração" mas é ainda mais verdade existirem verdadeiras "conspirações" que, por motivos óbvios, são classificadas como "teorias". Têm sido editados muitos livros sobre a matéria.

A obra agora em apreço recolhe um manancial de informação sobre o "conspiracionismo". Muitas das questões apresentadas são já conhecidas, outras estavam esquecidas, embora não as tivéssemos ignorado, outras há que são novidade para a maior parte das pessoas. A forma como o livro está organizado provoca, por vezes, a dispersão do leitor; melhor seria uma apresentação sistematizada das questões, digamos, uma continuidade com princípio, meio e fim, mas compreendo a intenção do autor de ir juntando os fios da meada, articulando uns casos com outros. E há também questões que são apontadas e depois não desenvolvidas, talvez porque não existam elementos adicionais.

A recolha destes casos, ou "acasos", revela um aturado trabalho do autor para relacionar factos que, considerados isolados, não suscitam qualquer suspeição quanto à sua origem criminosa.

Não cabe aqui desenvolver os temas investigados por Frederico Duarte Carvalho, mas importa citar algumas ocorrências. Começa o autor por falar da Bíblia, dos extra-terrestres e dos nazis. E do Segredo de Fátima e suas implicações. E também das sociedades secretas e de Os Protocolos dos Sábios de Sião, tema retomado no romance famoso, embora menos conhecido, de Umberto Eco, O Cemitério de Praga. É pacífico afirmar-se que Os Protocolos... são uma falsificação da Okhrana, a polícia política dos czares. Todavia, independentemente da autoria, é um facto que muitas coisas que lá são afirmadas se verificaram ou estão a verificar-se. É também enunciado o poder da família Rothschild, mas os capítulos mais interessantes são os dedicados aos Estados Unidos da América e à Nova Ordem Mundial. São revisitadas as actividades criminosas dos presidentes Bush (Pai e Filho), Clinton e Obama, além de situações nebulosas de Roosevelt, Truman, Reagan, Johnson, Ford, Dick Cheney, Nixon, Donald Rumsfeld, Hillary Clinton, os assassinatos de John Kennedy, Robert Kennedy e John Kennedy Jr., o caso da Baía dos Porcos, a base Mena de Clinton no Arkansas, o 11 de Setembro, as invasões do Afeganistão e do Iraque, Osama Bin Laden, a morte da princesa Diana, o falso envolvimento de Qaddafi no avião caído em Lockerbie, o golpe de Estado contra o Xá, Bilderberg, Watergate, as manobras para a implosão da União Soviética, a morte de Aldo Moro, os negócios do Covid, etc., etc. 

Considero dois pontos fundamentais: o atentado que vitimou Francisco Sá Carneiro e acompanhantes em 1980, um dos casos mais discutidos e menos esclarecidos da nossa história contemporânea e o ataque às Torres Gémeas em 2001. Sobre este último, têm sido publicados dezenas de livros suficientemente ilustrativos para refutarem a tese oficial, entre os quais as obras de Thierry Meyssan. O 9/11 nunca me suscitou as menores dúvidas. Dois ou três dias depois do ataque, que logo estranhei, estava de manhã na minha casa de banho a barbear-me com um rádio-transistor ligado numa emissora portuguesa (RDP, TSF, não me recordo) e ouvi em tradução, quase directa, a informação de uma rádio americana que informava que, nos escombros, tinha sido encontrado o passaporte de Mohamed Atta, o egípcio que teria conduzido um dos aviões contra uma da torres. Encontrar, no meio dos destroços, um passaporte intacto e afirmar-se que o seu possuidor era um dos "aviadores" suicidas é uma grave falta dos serviços de "inteligência". Tal como determinar, sobre o momento do acontecimento, que o seu autor teria sido Osama Bin Laden. Aliás, um antigo piloto da TAP disse-me uma vez que era impossível um avião daquele porte ser conduzido contra uma torre e acertar em cheio se não lhe fornecessem as coordenadas de terra. Isso pode fazer-se com um automóvel contra uma parede, com um avião, nunca.

Por tudo o que não escrevi, deve ler-se com atenção este livro que nos dá informação bastante sobre o Deep State, o Estado "profundíssimo", sobre a indústria militar norte-americana e a necessidade de periódicos conflitos (a Ucrânia é agora um caso), sobre os negócios de droga e de medicamentos e muito mais coisas que passam já hoje despercebidas dos cidadãos mortais, anestesiados que estão pela propaganda dominante.

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