quarta-feira, 22 de março de 2017

"DER FLIEGENDE HOLLÄNDER"




Ignoro se Jeroen Dijsselbloem prefere homens a mulheres ou água mineral a bebidas alcoólicas. O problema é dele e não me permito interferir na sua vida privada. Todavia, as suas declarações são supinamente infelizes. Não só as mais recentes, mas a maioria das anteriormente proferidas, como estaremos certamente recordados. E demonstram inequivocamente uma ignorância do mundo e da história. Os povos do Sul não preferem mais as mulheres do que os do Norte. E no que ao álcool se refere, talvez os países nórdicos não se encontrem nas melhores condições para emitirem juízos sobre a matéria.

O senhor Dijsselbloem é como o "holandês voador", de Richard Wagner. Vagueia incessantemente não de porto em porto mas de disparate em disparate. O facto de ser presidente dessa não-instituição europeia que é o Eurogrupo deve-se tão só ao facto de se ter transformado no porta-voz do senhor Wolfgang Schäuble, que é quem realmente tem "ditado" as ordens aos países da Zona Euro.

O senhor Schäuble tem um problema com ele mesmo e outro com a história. E nenhum deles é resolúvel. Para mal dele e nosso. Constato agora que é pedido o imediato afastamento de Jeroen Dijsselbloem do lugar que ocupa. Esse afastamento será certamente inevitável, até porque o indivíduo, por força dos resultados das eleições holandesas, deverá abandonar o cargo de ministro das Finanças do seu país. Mas poderá ser rapidamente substituído por outro tão tonto como ele. Quem deveria ser afastado era o senhor Schäuble porque esse sim, esse tem mesmo um plano para a Europa, quero dizer mais concretamente, um plano para a Alemanha.

Mas isso são contos, e contas de outro rosário.


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