Prosseguindo a nossa deambulação pelas igrejas do centro da capital austríaca, praticamente por trás da Catedral encontramos a Jesuitenkirche (ao lado da Universidade Velha) e a Dominikanerkirche. Um pouco mais afastada, a Franziskanerkirche, as três simbolizando a importância em Viena das ordens religosas a que pertencem.
A Jesuitenkirche (Igreja dos Jesuítas), também conhecida por Universitätskirche (Igreja da Universidade), está situada na Dr. Ignaz Seipel-Platz, 1. É uma igreja construída no local de uma antiga capela, no princípio do século XVII, tendo sido remodelada entre 1703 e 1705 pelo arquitecto italiano Andrea Pozzo, que lhe acrescentou duas torres.
Foi intenção do imperador Leopodo I dedicá-la a Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus e a São Francisco Xavier, mas, após a conclusão da obra, foi re-dedicada à Assunção de Maria.
Pozzo, que morreu inesperadamente em 1709, encontra.se sepultado no interior da igreja.
Apesar da sua fachada austera, a igreja enconta-se sumptuosamente decorada e os frescos de Pozzo são magníficos.
Por trás da Jesuitenkirche encontra-se a Dominikanerkirche (Igreja dos Dominicanos), situada na Postgasse, 4.
Os monges da Ordem de São Domingos chegaram a Viena em 1226 e instalaram-se num terreno atribuído pelo duque Leopoldo VI. Em 1237, edificaram nesse mesmo lugar uma igreja, que foi sucessivamente transformada devido a diversos acidentes, entre os quais alguns incêndios e o cerco turco de Viena em 1529.
Por volta de 1630, Antonio Canevale construiu a actual igreja, também conhecida por Igreja de Santa Maria Rotunda, com uma imponente fachada barroca.
Altar-mor |
O interior do templo é igualmente sumptuoso e a capela central à direita, com gradeamento rocócó, dedicada a São Vicente Ferrer, é belíssima.
Capela de Santa Ana |
Sobre o portal da igreja encontram-se, lateralmente, as estátuas de Santa Catarina de Siena e de Santa Inês de Montepulciano ajoelhadas aos pés da Virgem, que ocupa a parte central.
Capela de São Domingos |
Nos lados do portal encontram-se dois nichos com as estátuas de São Ludwig Bertrand, aliás Luis Beltrán (à esquerda) e Santa Rosa de Lima (à direita).
Capela de Santa Catarina de Alexandria |
O altar-mor é dominado por um retábulo em madeira imitando mármore vermelho, ladeado por colunas coríntias vermelhas, e representa o estabelecimento pelo papa Pio V da Festa do Rosário.
Capela de São Vicente Ferrer |
As capelas do transepto são dedicadas a São Domingos e a São João Nepomuceno.
As seis capelas laterais são dedicadas a Santa Catarina de Siena, São Tomás de Aquino, Santa Rosa de Lima (substituída posteriormente pela Coroação da Virgem), Santa Ana, São Vicente Ferrer e Santa Catarina de Alexandria.
Um pouco mais afastada das anteriores, encontra-se a Franziskanerkirche (Igreja dos Franciscanos), situada na Franziskanerplatz, 4.
São Jerónimo sobre o frontão (em primeiro plano, a estátua de Moisés sobre a fonte que domina o largo) |
A igreja franciscana, dedicada a São Jerónimo, foi construída no local de uma antiga fundação de caridade. Depois da dissolução desta em 1553, foi erigida no sítio da capela da fundação a actual igreja, em estilo renascentista, conservando o interior barroco. A nova igreja foi consagrada em 1611.
O altar-mor |
Idem |
O altar-mor, por detrás de um arco triunfal, é um baldaquino em trompe l'oeil coroado com uma representação da Santíssima Trindade que parece suspensa da cúpula. Por baixo, encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Machado (esta atribuição refere uma tentativa de destruição da imagem com um machado).
Interior da igreja |
O resto da decoração da Igreja de São Jerónimo - especialmente do lado das capelas - consiste em importantes obras da arte barroca vienense.
Púlpito |
Cronologicamente, temos: a Capela Imperial, desenhada em 1671/1672, mostrando o altar, pintado por Matthäus Managetta, a cena da Veneração de São Pedro de Alcântara pelo imperador Leopoldo I e sua mulher Margaretha Theresia (cujo retrato foi também pintado por Velazquez e está no Museu de História da Arte de Viena). O altar de mármore na Capela de São Sebastião revela o estilo de Johann Bernhard Fischer von Erlach (arquitecto de diversos palácios barrocos em Viena, do Castelo de Schönbrunn, da Biblioteca Imperial e da Igreja de São Carlos). O altar de São João de Capistrano, o altar da Imaculada Conceição e o altar de Santa Maria Madalena ou da Crucificação são obra de Mathias Steinl ( que executou igualmente os altares barrocos da Catedral de Santo Estêvão).
Capela Imperial |
Altar de São Sebastião |
Altar de São João de Capistrano |
Altar da Imaculada Conceição |
Altar de Santa Maria Madalena ou da Crucificação |
É possível que o púlpito e o monumento a São João Nepomuceno sejam também obra de Steinl. O altar do Bom Pastor é do período de transição do primeiro barroco para o pleno barroco.
Monumento a São João Nepomuceno |
Altar do Bom Pastor |
Altar de Santo António |
O altar de Santo António é o mais recente, datando de 1768.
Altar da Virgem de Fátima |
O órgão, Wöckherl , principal órgão da igreja, mantém 90% da sua estrutura original.
Órgão |
Em frente à igreja enontra-se uma fonte com a estátua de Moisés.
Aqui fica sucintamente descrita a Igreja de São Jerónimo da Ordem dos Frades Menores (OFM).
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