sábado, 20 de fevereiro de 2016

A SECESSÃO DE VIENA



Lugar de exposição dedicado à arte contemporânea, a Secessão de Viena ocupa na história da modernidade um lugar único: aqui se conjugam uma programação artística de actualidade orientada para o futuro e um edifício cuja arquitectura é emblemática da efervescência dos anos 1900. Pela sua funcionalidade e pela sua elegância estética, esta arquitectura soube permanecer jovem, oferecendo ainda hoje condições ideais para a prática da arte e da exposição. A concepção espacial da Secessão permite aos artistas os modos de exploração mais diversos, que constituem igualmente desafios apaixonantes. E o trabalho de reflexão que se efectua no edifício, tanto no interior como no exterior, gera ideias e conceitos novos, desenvolvidos especialmente para a Secessão. A sua fachada, especialmente, é um lugar de reflexão artística, tal como a sua cúpula, constituída por um entrelaçado de 3 000 folhas de loureiro em metal dourado. Modificável de acordo com as conveniências, o hall principal, espaço soberbo encimado por um grande vitral, presta-se particularmente bem para montagem de instalações. Além do hall principal, o gabinete de artes gráficas situado no andar superior e a galeria do subsolo, abrem vastas possibilidades de exposição.

Fiel à palavra de ordem colocada na fachada, "A cada época a sua arte, à arte a sua liberdade", a Secessão implementou um programa de exposições pessoais e temáticas com vocação internacional que exploram as diferentes formas de expressão artística do momento. É assim um espaço sensível para captar os discursos estéticos e críticos da arte, da cultura e da sociedade, bem como a significação política que os liga. Aberta às experiências, a Secessão constitui portanto para os jovens criadores uma plataforma essencial. Todavia, as personalidades artísticas já reconhecidas também têm aqui o seu lugar. Textos, catálogos, simpósios e conferências enriquecem, documentam e dão a conhecer as actividades da casa.

Beethoven, por Max Klinger (escultura colocada na Secessão em 1902, encontra-se hoje em Leipzig)

Hoje, a "Associação dos Artistas Austríacos - Secessão de Viena" é o mais antigo lugar de exposições independentes no mundo expressamente dedicado à arte contemporânea. O programa de 10 a 15 exposições anuais é estabelecido, de forma democrática e segundo critérios unicamente artísticos, pelos membros do conselho de administração da Associação. O seu financiamento está dividido em três partes iguais pelo Estado, o mecenato privado e as receitas.


A Secessão foi fundada em 1897 por um grupo de artistas que, reunido à volta de Gustav Klimt, deixara o demasiado conservador Künstlerhaus. Klimt foi o primeiro presidente da Associação, e entre os membros fundadores figuram os pintores Kolo Moser e Carl Moll e os arquitectos Josef Hoffmann e Joseph Maria Olbrich. Foi Olbrich que concebeu o edifício em 1898, o qual exprime as ideias caras a este novo grupo de artistas que incarnavam decididamente a modernidade da sua época. A revista da Secessão intitulada Ver Sacrum (literalmente: Primavera Sagrada) desempenhou um papel importante no seio do movimento e o seu título programático figura ainda em letras douradas na fachada. Concebido como "templo da arte" no dealbar da modernidade, a Secessão é a construção mais notável do Jugendstill em Viena.

"O Friso de Beethoven" (pormenor)

Desde o início, a Secessão suscitou um interesse considerável pela concepção das suas exposições que, focando a sua atenção no espaço e desejando cruzar as disciplinas artísticas, operaram uma síntese entre arquitectura, pintura, escultura, desenho e decoração. Uma das manifestações mais célebres foi a consagrada a Ludwig van Beethoven em 1902. Gustav Klimt realizou especialmente para essa grande exposição colectiva uma obra central, o Friso de Beethoven. Esta pintura mural de mais de 34 metros de comprimento tem por tema a Nona Sinfonia de Beethoven e a sua combinação de erotismo e rigor valeu-lhe tanta admiração como severas críticas. O Friso de Beethoven encontrava-se então na ala esquerda do hall principal da Secessão donde foi retirado em 1903. Propriedade da República Austríaca desde 1973, foi reintegrado na Secessão em 1986, mas num espaço criado propositadamente para ele, no subsolo do edifício.



Ao lado do edifício encontra-se uma estátua de Marco António, realizda em 1899 pelo escultor Arthur Strasser.


Um lugar de visita obrigatória.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

UMBERTO ECO




Umberto Eco, escritor e filósofo italiano, autor de vastíssima obra onde se distingue O Nome da Rosa, morreu esta noite aos 84 anos.

Tudo o que aqui se poderia escrever consta dos órgãos de comunicação social mundiais e de todas as biografias do eminentíssimo intelectual agora desaparecido.

Não há homens insubstituíveis mas a morte de Umberto Eco abre uma lacuna que será difícil de preencher.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

BASHAR AL ASSAD



Bashar al-Assad

É Assad o verdadeiro problema da Síria? Sabemos todos que não!

Oiçamos então o padre jesuíta Samir Khalil Samir através de AsiaNews.it:



SYRIA – ISLAM

In Syria, the real priority should be the fight against Islamic State, not Assad

Samir Khalil Samir sj

In northern Syria, two attacks on hospitals cause scores of civilian casualties. The fragile agreement reached by world powers is undermined by ongoing air strikes and fighting. For Islam scholar Samir Khalil Samir, a Jesuit priest, the real steps needed for peace are a stop to Saudi-funded fundamentalism and a real commitment to fight Islamic terrorists.


Rome (AsiaNews) – Two air strikes hit two hospitals in northern Syria with scores of civilian casualties, including medics and volunteers. In Azaz on the Turkish border, at least ten people reportedly died, including several in one hospital building. Medecins Sans Frontieres (MSF) said seven people died and eight are missing after another attack in Maarat al-Numan.
Turkey has accused the Russia of the first attack, whilst MSF believes that government forces loyal to Syrian President Bashar al Assad are responsible for the second attack.

However, who carried out these attacks has not been confirmed. Moscow has not yet responded to Turkey’s allegations, but said it would pursue its fight against Islamic State terrorists.

Meanwhile, Caritas Internationalis confirmed this morning the death of one of its volunteers, 22-year-old Elias Abiad, in Aleppo, who was killed on Saturday (13 February). For the Catholic charity, lay volunteers from the local Church have been killed in the past.

As a result of the violence, the fragile agreement reached by world powers on a ceasefire in Syria is now in jeopardy. 

In his comments below, Fr Samir Khalil Samir, a Jesuit priest and an Islam expert, underlines the real steps needed to achieve peace in the country.

With respect to the current situation in Syria, Western newspapers and politicians continue their mantra, namely that the Syrian President Bashar al Assad has to go before there is to be peace. For the United States, France, Saudi Arabia, and Turkey, this is the very first point on the agenda to build peace in the Middle East.

Eliminate Daesh or President Assad?

In my opinion, this "very first step" is not realistic and can be harmful for several reasons.

1. True, Assad is a dictator. No one denies it. But he is not the only one in the region. Even the Saudi and Emirati kings are dictators and have constitutions that leave no room to other voices. But in their case, no one protests. Now, the issue is, once you eliminate Assad, who will take over? There will be even more disorder and violence. At least, with Assad in power there is a minimum of security. It must be said that insecurity started with Daesh* and other fundamentalist groups, the so-called "Syrian opposition", who have swallowed up Syria’s domestic secular opposition.

2. At the same time, no one has explained where the terrorists are getting their weapons and money. They cannot do what they do without backers. One of Egypt’s foremost political thinkers, Tarek Heggy, noted that “Saudi Arabia and Qatar back Daesh militarily and financially”. Nowhere do we see or read that the Syrian conflict has turned into a Sunni-Shia conflict. For instance, why is it that Daesh does not go to Saudi Arabia, or Qatar, where they could acquire more power and influence? Because Daesh’s goal is the same as Saudi Arabia’s; something that many Sunnis from different backgrounds acknowledge, namely a fight against Shiism in Iran, Iraq, and Syria (Alawis)

Eradicate Saudi-backed fundamentalism

If we want peace in Syria, people must meet in Geneva or elsewhere. Who does not want to participate? Saudi-sponsored rebels. Now the Saudis, like the Turks, want ground attacks "against terrorism", but in reality they want to fight against Assad, or rather against the Shia government.

The alliance between the United States, Turkey, Saudi Arabia, and Qatar is an alliance of economic and military interests. The United States has a stable agreement with Saudi Arabia and Qatar. As for Turkey, it has economic interests linked to NATO. The Turks have been toying ambiguously with Daesh (buying their petrol, letting new Islamic State recruits through, fighting the Kurds who are the only ones fighting Daesh), and threaten Europe with waves of refugees.

As for Saudi Arabia, it is planning to intervene in many Arab Muslim countries, as it has done in Yemen and Bahrain, but always against local Shias.

No one sees (or dares say so) that the fundamental cause of all this chaos is the fundamentalist ideology and its ideological source is Saudi Arabia, which defends its Wahhabi Islam (the most radical interpretation of Islam) as the true Islam.

Peace in Syria and the Middle East requires first of all putting a stop to the war and give the country a breather. This should lead to a presidential election whoever the winner is, Assad or others, without election tricks. Thirdly, reconstruction must follow.

The longer we wait, the more, migrants will reach a Europe unable to integrate them. Even Germany, which has done a heroic act (accepting 800,000 Syrian refugees), has now closed its doors. We must stop the war by the government, the rebels, and Daesh.

About Russia

When it comes to Russia’s intervention, often criticised by the West, I see a lot of appreciation in the Middle East because it goes after fundamentalists and Daesh. Others, the so-called international coalition, have not done much. In addition, we have the Kurds who have been fighting Daesh successfully.

Daesh fighters are good too. Who trained them? Iraqi Sunni officers, pushed out of the Government and Iraqi society, trained by the Americans, who found an outlet in fighting Shias alongside their fundamentalist and terrorist friends. Unfortunately, they are good too.

Conclusion

Good information is missing, and those who claim they are fighting terrorism are not working together. Russia has called for co-operation, but is left alone.

The error made by the the countries involved is making leadership change in Syria the goal. It is the same mistake made in Iraq and Libya, which has created even greater disasters.

I really do not understand why the West always chooses symbols to eliminate in order to "bring democracy." However, democracy does not exist in the Middle East (and even in Europe it is deteriorating). Of course, we hope that it might come into being in the future, but today security and justice are what matters.

Westerners should choose well their goals: first of all, security and justice must be guaranteed, not attack against some leaders. Because if you change the leader, society remains the same and chaos spreads. Better a dictatorship we know than an Islamic dictatorship we can foresee.

We must also have the courage to say that the cause of this war has a more ancient origin, in the radical Islamic fundamentalism supported by Saudi Arabia. No one dares to say it. Riyadh buys weapons from the West for the rebels and Daesh, and with its money, it buys the West’s silence, Europe and the United States. The ideal of democracy in the Middle East has only become a smokescreen for ideological and economic interests.

* Daesh is the Arabic acronym for the Islamic State in Iraq and Syria

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A PASSAGEIRA (DE AUSCHWITZ)




Foi editado recentemente em DVD o espectáculo apresentado em 2010, no Bregenzer Festspiele, da ópera The Passenger (Die Passagierin), do compositor soviético de origem judaico-polaca Mieczyslaw Weinberg (1919-1996), com libretto de Alexander Medvedev, a partir do romance da escritora polaca Zofia Posmysz. A obra foi estreada em 25 de Dezembro de 2006, no Stanislavski and Nemirovich-Danchenko Music Theatre, de Moscovo.

A história conta-se em breves palavras: uma alemã que viaja num navio com o marido, um diplomata da Alemanha Ocidental  que vai ocupar um posto no continente americano, é confrontada com a presença a bordo de uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, que ela julgava morta. Acrescente-se que a alemã, quando jovem, pertenceu às SS, foi guarda nesse campo e no âmbito das suas funções contactou de forma especial com a mulher que agora lhe aparece no convés. A situação impõe-lhe uma explicação ao marido, que parece mais preocupado com o escândalo que tal facto poderá provocar na sua carreira do que propriamente com a conduta da mulher enquanto jovem. Esta defende-se dizendo que se limitou a cumprir ordens e não foi responsável por qualquer violência ou morte. O figurino clássico das defesas em Nurenberg mas também a forma como o regime nazi conseguiu "profissionalizar" e "legalizar" as suas actividades discriminatórias e persecutórias.



Não se trata, todavia, de mais um exercício sobre o tema mas de uma obra a todos os títulos notável. Sabemos que Weinberg, amigo e discípulo de Shostakovich é um dos grandes compositores soviéticos do século passado. Esta ópera é musicalmente de elevadíssimo nível. Igualmente servida por um texto que procura sondar o que de mais profundo há no ser humano.

Com encenação (surpreendente) de David Pountney e direcção musical de Teodor Currentzis, à frente da Wiener Symphoniker, o espectáculo é servido por um admirável naipe de cantores.


O KUNSTHISTORISCHES MUSEUM



O Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte, em tradução literal), de Viena, foi o último dos grandes edifícios que foram construídos na Ringstrasse, em frente ao Museu de História Natural, e tendo do outro lado da avenida a Heldenplatz e o Hofburg.

Mandado edificar e inaugurado, em 1891, pelo imperador Francisco José, alberga a Galeria de Pintura, a Colecção Egípcia, a Colecção de Antiguidades Gregas e Romanas, o Gabinete de Arte e a Colecção Numismática.

As colecções imperiais, até então espalhadas por vários edifícios da cidade, passaram a estar expostas num quadro correspondente aos critérios estéticos e científicos da época. Todavia, a quantidade de obras dificultava a sua fruição pelos visitantes. Só a situação política decorrente do banimento dos Habsburg, após a Primeira Guerra Mundial, permitiu à nova República recriar um museu verdadeiramente moderno, como hoje o conhecemos. As obras dos pintores e escultores da época barroca foram transferidas para o Österreichisches Barockmuseum, situado na secção inferior do Palácio do Belvedere; os quadros, as aguarelas e os desenhos dos mestres modernos passaram, uma parte para a Galeria de Arte Austríaca do século XIX, no Belvedere superior, e a outra parte para o Museu Albertina. A remodelação das salas de recepção do Novo Hofburg receberam as armaduras, armas de combate e de caça da Casa de Habsburg e também os célebres instrumentos de música antigos da família imperial. Uma parte das obras da colecção das Antiguidades, provenientes nomeadamente do sítio greco-romano de Éfeso, na Turquia, foi igualmente colocada no Neue Burg, no agora denominado Ephesos Museum. As carruagens da Corte encontram-se actualmente instaladas no Palácio de Schönbrunn.


A entrada para a Colecção Egípcia faz-se por uma escada do lado direito após se passar a porta principal do Museu. Até ao fim do século XVIII as antiguidades egípcias (de que os Habsburg possuíam desde há muitos anos um interessante acervo) eram conservadas como simples curiosidades e só após a expedição de Bonaparte ao Egipto, as informações dos sábios que o acompanharam e a posterior decifração dos hieróglifos por Champollion adquiriram o seu preciso valor histórico.

Deusa Sekhmet, à direita (XVIII dinastia)
Horus e o faraó Horemheb (XVIII dinastia)
Hipopótamo, em faiança azul (XI ou XII dinastia)
Leão a caminhar (Babilónia, século VI AC)
Tuthmosis III (XVIII dinastia)
Deusa Isis amamentando Horus (XXVI dinastia, provavelmente)
Modelo de barca (XII dinastia)

Passada a Colecção Egípcia e Oriental ingressamos na Colecção de Antiguidades Gregas e Romanas, passando depois ao Gabinete de Arte.



Entre as valiosíssimas peças, refiram-se as seguintes:

Busto do imperador Adriano



Jovem de Magdalensberg (cópia do século XVI de um original romano)

Apolo (bronze greco-romano do século I AC)

Héracles (bronze grego do século IV AC)
Gemma Augustea (onix, depois incrustado em ouro, dos anos 9 a 12 DC, terá pertencido ao imperador Augusto)
Serviço de mesa em ouro e porcelana do duque Carlos Alexandre de Lorena ( século XVIII)
O futuro imperador José I, aquando da sua coroação como rei romano (marfim, século XVII)
Imperador Leopoldo I (?)

Tesouro funerário em ouro de Nagyszentmiklós (hoje Sînnicolaul Mare, Roménia, arte proto-búlgara, século IX)
Idem

Saleiro de Francisco I (ouro parcialmente esmaltado - Obra-prima de Benvenuto Cellini, século XVI)
Relógio automático: Diana cavalgando um centauro (prata dourada e esmaltada, século XVII)
Taça em argila com figuras vermelhas: O adeus de um guerreiro (Atenas, 500 AC)
Imperador Rodolfo II (Adrian de Fries, século XVII)
Imperador Carlos-Quinto (Leone Leoni, século XVI)
Filipe II de Espanha (Pompeo Leoni, século XVI)

A Galeria de Pintura expõe alguns dos mais importantes quadros dos grandes mestres europeus.



São Sebastião (Andrea Mantegna, século XV)
A Ninfa e o pastor (Tiziano, século XVI)
O Baptismo (Guido Reni, século XVII)
A Coroação de espinhos (Caravaggio, século XVII)
A Senhora do rosário (Caravaggio, século XVII)
São Miguel expulsando os anjos renegados no inferno (Luca Giordano, século XVII)
Infanta Margarida Teresa, com oito anos, de vestido azul (Velázquez, século XVII)
Riva degli Schiavoni em Veneza (Canaletto, século XVIII)
O milagre de São Domingos (Francesco Guardi, século XVIII)
Aníbal olhando para a cabeça de Asdrúbal (Giambattista Tiepolo, século XVIII)
Cristo transportando a cruz - Painel do lado esquerdo de um retábulo da Crucificação (Bosch, século XV)
A Adoração da Santíssima Trindade (Dürer, século XVI)
Imperador Maximiliano I (Dürer, século XVI)
Crucificação (Lucas Cranach, o Antigo, início do século XVI)
Jane Seymour (Hans Holbein, o Jovem, século XVI)
Imperador Rodolfo II (Hans von Aachen, século XVII)
Alegoria do Fogo (Arcimboldo, século XVI)
A Torre de Babel (Peter Bruegel, século XVI)
Os Caçadores na neve (Inverno) - (Peter Bruegel, século XVI)
Os Quatro Continentes (Rubens, século XVII)
Jacob de Cachiopin (Van Dyck, século XVII)
Jovem com uma flecha (Giorgione, século XVI)
O Baptismo de Cristo (Perugino, finais do século XV)
Senhora do Belvedere (Raffael, século XVI)
A Conversão de São Paulo (Parmigianino, século XVI)
Judite com a cabeça de Holofernes (Veronese, século XVI)
Susana e os velhos (Tintoretto, século XVI)
A Destruição do Templo de Jerusalém (Poussin, século XVII)
A Tentação de Adão e Eva (Hugo van der Goes, século XV)
A Crucificação (Roger van der Weiden, século XV)
Retábulo dos Sãos João (São João Baptista, à esquerda e São João Evangelista, à direita (Hans Memling, século XV)
O Atelier (Vermeer, século XVII)
Auto-retrato (Rembrandt, século XVII)

Não é possível continuar com a reprodução das pinturas notáveis, mesmo só das mais notáveis, existentes no Museu. As que registámos pretendem constituir uma amostra da imensa riqueza deste extraordinário acervo e destinam-se tão só a despertar nos leitores a vontade de se deslocarem a Viena.

A cafetaria do Museu
O último piso
Exposição temporária sobre a presença do imperador Carlos-Quinto em Tunis

Porque este post já vai longo, dispenso-me de de referir algumas imagens, também importantes, do Gabinete de Arte e da Colecção Numismática.

Museu de História Natural (Naturhistorisches Museum), edifício simétrico do Museu de História da Arte
Estátua da imperatriz Maria Teresa, na Maria Theresienplatz, entre os dois museus
Idem

Na escadaria monumental do Museu pode apreciar-se uma notável escultura de Antonio Canova e um busto do imperador Francisco José.

Teseu derrotando o centauro (Canova)
Imperador Francisco José (Caspar Zumbusch)


Catálogo actual
Idem
Catálogo ao tempo da minha primeira visita há mais de dez anos
Muito ficou por escrever e por mostrar, mas o que se referiu permite avaliar a riqueza do Kunsthistorisches Museum de Viena, certamente um dos grandes museus da Europa, que não tendo o acervo nem as dimensões do Louvre, do British Museum, do Ermitage, do Prado (no que toca à pintura) ou do complexo dos museus de Berlim e do conjunto dos museus de Roma, par não falar já dos museus do Vaticano, é indubitavelmente um dos grandes espaços artísticos do Velho Continente.