sábado, 28 de junho de 2014

SARAJEVO - CEM ANOS DEPOIS



Completam-se hoje cem anos sobre o assassinato do arquiduque Francisco Fernando de Habsburg, herdeiro do Império Austro-Húngaro, e de sua mulher, Sofia, na cidade de Sarajevo, junto à Ponte Latina. Um acontecimento que desencadeou a Primeira Guerra Mundial e provocou milhões de mortos

Entre 1992 e 1995, durante a Guerra da Bósnia, a que o Ocidente não foi alheio, a cidade foi cercada e destruída pelos sérvios bósnios, num conflito de que resultaram milhares de vítimas.

Hoje, no edifício reconstruído da célebre Biblioteca Nacional (Vijecnica), a Orquestra Filarmónica de Viena realizou um concerto, promovido pela União Europeia (cujos dirigentes se abstiveram de comparecer), que terminou com a Ode à Alegria, de Beethoven. Assistiram os presidentes da Áustria, da Bósnia e Herzegovina, da Macedónia e do Montenegro, mas os sérvios primaram pela ausência, promovendo, em Visegrad,  comemorações paralelas de homenagem a Gavrilo Princip, o jovem que assassinou o casal e que consideram um herói da luta pela liberdade.

Como sempre, os dois lados da História.

4 comentários:

João Alves disse...

Um jovem que pretendia "libertar" a Bósnia do império austro-húngaro para a meter num império Sérvio. Um jovem que contestava um império que não podia condená-lo à morte por ser jovem demais. Um jovem cujo acto deu origem ao aparecimento do fascismo, do nazismo e do estalinismo e condenou à morte milhares de crianças. Triste ideia têm os Sérvios da liberdade. Maldita doença a do nacionalismo.

Pereira disse...

Um só gesto serviu ara fazer isso tudo,sr. João? Belo e divinamente simples conceito de História....

observador disse...

Um fulminante pode fazer detonar uma granda bomba.....

Basta monta-la, e ter a inconsciência ou arrogância de bater no dito.

Anónimo disse...

São os conceitos mais simples os que normalmente são os mais assertivos, tudo o mais, são meras reflexões profundas, trabalhos intelectuais e/ou estudos laboriosos. Coisas a que intelectuais se dedicam com grande prazer e normalmente lucros bastantes a condizer, mas longe, muito longe, das realidades prosaicas quotidianas; essas são muito perigosas.
Naquelas paragens, que conheço muito bem, a dura concepção da vida e a forma como a vivem, não se compraz com os exercícios acima referidos.É tudo resolvido logo, ali...e a tiro! Não sei se me fiz entender, mas explico com muito gosto: não se trata de uma figura de estilo, é mesmo a tiro, ou seja, aqueles pedaços de metal que fazem uns buracos no corpo! Espero ter sido bastante explícito.
Olho Vivo