As imagens que nos chegam da Ucrânia são chocantes. Desde a Segunda Guerra Mundial que não se via em território europeu uma tão profunda aflição, salvo na Jugoslávia há 20 anos, mas com menos impacto, até porque a difusão da informação era mais reduzida. É claro que tivemos outras tragédias posteriores, mas ocorreram com povos de etnias e religiões diferentes e, por isso, não provocaram em nós, europeus, o sobressalto cívico que estamos a viver.
Como escrevi, no início do conflito, a invasão da Ucrânia é, politicamente, um erro, para além das suas dramáticas repercussões. E, sem deixarmos de nos interrogar se valia a pena a Ucrânia pretender aderir à NATO, afrontando incontestavelmente a Rússia (com consequências previsíveis), importa agora travar rapidamente as acções militares e alcançar uma solução de compromisso aceitável por ambas as partes, para evitar a eclosão de males maiores e, possivelmente, irreversíveis.
Quanto à política de sanções à Rússia, convém lembrar sempre os frutos do Tratado de Versalhes.
(PUBLICADO EM 6 DE MARÇO DE 2022)
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