quarta-feira, 1 de maio de 2019

A CATEDRAL DE SÃO VICENTE DE PAULO, EM TUNIS



Nas minhas muitas viagens à Tunísia, tive a ocasião de visitar algumas vezes a Catedral de São Vicente de Paulo, em Tunis. Uma vez, há uns 15 anos, tive mesmo a oportunidade de assistir à missa de Domingo de Páscoa, e de trocar, no final, algumas palavras com monsenhor Fuad Twal, então Bispo de Tunis, e que foi depois Patriarca Latino de Jerusalém.


Na minha mais recente ida, o mês passado, voltei a entrar na Catedral, que percorri completamente, para ver as relíquias de São Luís IX, que se encontravam na Catedral de São Luís, em Cartago-Byrsa, hoje desafectada do culto e que foram transferidas para a Catedral de Tunis. Foi com muita satisfação que deparei, na mini-loja do templo, com uma publicação acabada de ser editada, e cuja capa reproduzo, sobre a Catedral de Tunis.


A Catedral de São Vicente de Paulo foi erguida graças às diligências do Cardeal Lavigerie, arcebispo de Cartago e Primaz da África, que benzeu a primeira pedra, em 1890. A inauguração do edifício, ainda inacabado, teve lugar em 25 de Dezembro de 1897, e foi presidida por monsenhor Combes, Bispo de Constantina e novo Primaz da África, devido ao falecimento, entretanto ocorrido, do Cardeal Lavigerie.  

Relíquias de São Luís

A Catedral de São Luís, em Cartago-Byrsa, fora também construída devido à vontade do Cardeal Lavigerie, que a consagrou em 1890, como recordação do santo rei de França, falecido nessa região, vitimado pela peste, em 1270, por ocasião da Oitava Cruzada. O cardeal marcava assim o restabelecimento da antiga metrópole da província de África, onde tiveram lugar 32 concílios, entre os mais importantes os que foram presididos por São Cipriano, bispo de Cartago, de 248  258.

Relíquias de São Luís

Em 25 de Março de 1950, o núncio apostólico em França, monsenhor Angelo Rocalli (futuro para João XXIII), presidiu à celebração da missa.


Em 16 de Abril de 1996, o papa João-Paulo II visitou a Catedral, a primeira visita de um papa à Tunísia.

São Vicente de Paulo

Santa Olívia nasceu em Palermo no século IX. Feita prisioneira pelos sarracenos, quando estes invadiram a Sicília, foi enviada cativa para Tunis. Viveu uma vida de penitência e oração, atribuem-se-lhe vários milagres, e morreu decapitada.

São Cipriano

Muitas outras importantes e preciosas informações são-nos facultadas por La Cathédrale de Tunis - Saint Vincent de Paul et Sainte Olive, do padre Silvio Moreno, IVE.


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