domingo, 22 de outubro de 2017
A INGLATERRA E O MÉDIO-ORIENTE
Sou assinante da revista "Qantara", publicação quadrimestral do Institut du Monde Arabe, praticamente desde a sua criação, em 1991. Os números anteriores à minha subscrição, uma meia dúzia, consegui obtê-los aquando da respectiva reimpressão, pois encontravam-se esgotados.
Já aqui mencionei por várias vezes alguns dos esclarecedores textos publicados pela revista.
Acontece que só agora tive ocasião de ler completamente o nº 102, relativo a Janeiro deste ano, que apenas folheara quando o recebi. Trata da apropriação do que hoje chamamos o Médio Oriente pelos ingleses, sempre ávidos da exploração das riquezas alheias.
Não sendo possível reproduzir os textos, ou sequer resumi-los, indico o título dos artigos publicados no dossier incluído neste número da revista: "Quand l'Angleterre inventait le Moyen-Orient". Para além de variada informação, todos os números incluem um dossier relativo a uma matéria específica.
1) Vie et mort du Moyen-Orient
2) À la recherche de l'inventeur du «Moyen-Orient»
3) Mossoul, ville convoitée
4) La persistante revendication turque sur Mossoul
5) La tardive découverte du pétrole irakien
6) La conférence du Caire scelle le destin du Moyen-Orient
7) Les services secrets britanniques face au nationalisme arabe
8) Interconfessionalité: une identité laïque inaccessible?
9) D'un émirat improbable au Royaume de Jordanie
10) La Seconde Guerre mondiale et ses conséquences: vers le désengagement
Ocioso seria discorrer sobre a forma como os ingleses se instalaram em todo o mundo: em determinado momento dominavam o Canadá, os Estados Unidos, a África Oriental e do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia, o Egipto, o Médio Oriente, a Índia, a Birmânia, e numerosos territórios menores, isto é, sensivelmente um quarto do globo terrestre!
Os artigos supra mencionados contribuem para ajudar a esclarecer a penetração dos ingleses no Médio Oriente, ainda que não sejam suficientes para quem pretenda uma visão mais pormenorizada da política de dissimulação que permitiu os resultados obtidos, e que são largamente responsáveis pela situação que hoje se vive na região e a que americanos e franceses não são também alheios.
A História é uma grande Mestra.
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1 comentário:
Pois se a História é uma grande mestra,o autor não deveria esquecer os que precederam a Inglaterra,que se expandiu como todas as potências com meios fizeram ao longo dos séculos,só limitadas pelo seu próprio declinio,ou por escesso de expansionismo. Os árabes do século VIII não avançaram pela peninsula fora e não se preparavam para tomar o território francês? Os turcos não ocuparam toda a Europa oriental só parando às portas de Viena? O Alexandre da Macedónia não queria todo mundo,só parando na India,pois os soldados não aguentavam mais? E o império russo antigo e actual? Os espanhois,quando fortes,não tomaram a América do Sul quase toda,mais as Filipinas,e mais o que calhava. A História é uma narração de invasões,anexações,e posteriores refluxos. A Inglaterra é apenas um caso entre muitos,e deixou algumas heranças importantes, como modelos de governação(nem sempre seguidos,mas isso não é sua culpa) como a maior democracia existente,a India.Os "ódios históricos" não resistem a um exame sereno dos acontecimentos globais.
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