segunda-feira, 4 de abril de 2011

EM LISBOA COMO NO CAIRO


Antes do jogo Benfica-Porto registaram-se ontem, no exterior do Estádio da Luz, graves incidentes originados por adeptos do clube de Lisboa, que provocaram vários feridos, detenções e avultados prejuízos materiais.

No final do desafio, em que o Porto derrotou o Benfica, o clube anfitrião desligou as luzes do estádio deixando ás escuras os jogadores portistas que ainda celebravam a vitória no relvado, bem como os espectadores que se encontravam no estádio e os próprios agentes da polícia.

Com propriedade se pode afirmar que o futebol (que não a religião) é hoje o ópio do povo. Este desporto, originário da pérfida Albion, tem servido para amortecer os choques políticos e sociais mas arrisca-se a converter-se num agente de insegurança pública e até de intranquilidade política, aspecto ainda não vislumbrado pelos governantes dos diversos países que pateticamente acarinham o "desporto-rei".

É claro que os confrontos clubísticos servem para descarregar todas as iras acumuladas durante dias, semanas, meses ou mesmo anos, por aqueles que não sabem ou não podem agir contra quem consideram os seus verdadeiros inimigos. Poderão mais tarde servir para outras finalidades.

Constata-se, assim, que os lamentáveis episódios ontem registados no estádio da Luz, nada ficam a dever aos que se verificaram  anteontem no estádio do Cairo. Cá como lá, os energúmenos são idênticos.

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