domingo, 4 de julho de 2021

LUCIA DI LAMMERMOOR

Vi e ouvi hoje Lucia di Lammermoor, de Donizetti, gravação do espectáculo do Met de 13 de Novembro de 1982. Conhecia já esta produção, creio até que foi transmitida há semanas pela televisão, mas não constava da minha videoteca, razão por que a encomendei no fim do mês passado. Chegou agora.

Trata-se de uma das grandes gravações desta ópera, com um elenco excepcional: Joan Sutherland (Lucia), Alfredo Kraus (Edgardo), Pablo Elvira (Enrico) e Paul Plishka (Raimondo). Dirige a orquestra do Met o maestro Richard Bonynge e a encenação (felizmente convencional) é de Bruce Donnell.

O público não regateou aplausos e Sutherland (cuja carreira começava então a declinar, embora tivesse ainda um extraordinário desempenho) é considerada uma das maiores intérpretes do papel no último meio século e uma das cantoras com maior longevidade no activo operático.

Assisti, em São Carlos, à interpretação de Sutherland, em La Traviata, em Abril de 1974. Haveria depois uma récita "popular", no Coliseu dos Recreios, no dia 24 de Abril, véspera da revolução. Quando o público saiu à noite daquela sala de espectáculos, já os tanques marchavam sobre Lisboa. A diva ficou retida no seu hotel até à reabertura das fronteiras, creio que dois dias mais tarde, mas já não me recordo.

A ópera Lucia di Lammermoor estreou-se no Teatro di San Carlo, de Nápoles, em 26 de Setembro de 1835. O libretto é de Salvadore Cammarano, a partir do romance The Bride of Lammermoor (1819), de Walter Scott. É presença frequente nos repertórios operáticos dos principais teatros e teve como grandes intérpretes, na segunda metade do século XX, Maria Callas e a referida Joan Sutherland. Não existe qualquer gravação vídeo com Maria Callas.

 

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