sábado, 12 de setembro de 2020

PORTUGAL - RAZÃO E MISTÉRIO

 

Foi editado muito recentemente o livro Portugal - Razão e Mistério (A Trilogia), de António Quadros.



Trata-se da reedição dos volumes I (1986) e II (1987) publicados com o mesmo título (e que se encontravam esgotados) e da edição de um texto destinado ao III volume e que foi descoberto entre os papéis do autor.


António Quadros (1923-1993), faleceu sem ter concluído esta importante obra, tendo a família recuperado o texto que agora se publica, em conjunto com a reedição dos dois primeiros volumes, sob a designação geral de A Trilogia.

É António Quadros uma das figuras mais interessantes do pensamento português da segunda metade do século passado. Filósofo, escritor, professor, tradutor, autor de vasta obra abrangendo o ensaio, a poesia, a ficção, devem-se-lhe mais de trinta títulos, entre os quais o que ora se comenta e os livros relativos a Fernando Pessoa, Teixeira de Pascoaes e o Sebastianismo. Filho de António Ferro e de Fernanda de Castro, pertenceu ao Grupo de Filosofia Portuguesa, na companhia de Álvaro Ribeiro, José Marinho, Orlando Vitorino, Afonso Botelho, António Braz Teixeira, Cunha Leão, Pinharanda Gomes, António Telmo ou Dalila Pereira da Costa, e foi fundador do IADE - Instituto de Arte e Design e director do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, entre as múltiplas actividades que desenvolveu na sua vida.



Personalidade cativante, homem de diálogo aberto, tive o privilégio de ser seu amigo. Conversar com António Quadros era um prazer e uma aprendizagem, de que desfrutei, mesmo quando as nossas opiniões não eram convergentes. Desaparecido prematuramente, sem ter podido concluir a sua grande obra sobre Portugal, saúda-se a edição do livro que agora é publicado.

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