quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

O MUSEU HISTÓRICO DE CRETA





O Museu Histórico de Creta, instalado num edifício neoclássico de grande qualidade arquitectónica, foi fundado em 1953. Nele são contados dezassete séculos de história e cultura cretenses, dos primeiros tempos da era cristã até aos nossos dias. Arte e civilização bizantina, soberania veneziana, ocupação otomana, época das numerosas revoluções na longa marcha para a reunião à Grécia, Segunda Guerra Mundial, Batalha de Creta, Resistência e, finalmente, arte e cultura populares na Creta rural, são apresentados aos visitantes através de numerosas colecções de objectos cuidadosamente seleccionados, acompanhados por vasto material de informação tradicional e electrónica. Entre as joias do Museu contam-se dois quadros de Greco, O Baptismo de Cristo (1567) e Vista do Monte Sinai e do Mosteiro de Santa Catarina (1570), as suas únicas obras conservadas em Creta. Uma secção particular é dedicada a Nikos Kazantzakis, reunindo objectos pessoais e os manuscritos do célebre escritor cretense. A grande maqueta da cidade de Khandak (Heraklion), que data do século XVII, constitui um dos elementos marcantes do começo da visita.


A ala mais antiga do edifício do Museu foi construída em 1903, para residência de Andréas Kalokairinos (1862-1930), no local onde se encontrava, desde 1870, a residência da família, destruída aquando dos acontecimentos de 25 de Agosto de 1898, em que morreu Lysimaco Kalokairinos, pai de Andréas e outros membros da família. A villa foi legada pelo seu proprietário à cidade de Heraklion, para albergar a Sociedade de Estudos Históricos Cretenses (SEHC) e o Museu (MHC).

Apresenta-se abaixo a planta do Museu:




A sala 1, dedicada a A.G. Kalokairinos, fundador da SEHC e do MHC, exibe uma interessante maqueta de Candia (ou Khandak, ou Heraklion, a cidade foi mudando de nome) na época veneziana.

Maqueta da cidade

A sala 2 é dedicada à cerâmica, nomeadamente do período bizantino. Durante o período veneziano perpetuou-se a tradição bizantina. Creta importou também cerâmica da Ásia Menor, mesmo antes da conquista otomana. Por razões que explicámos em posts anteriores, são raros os vestígios da ocupação árabe.

Bilha árabe
Prato veneziano
Pratinho otomano

As salas 3, 4 e 5 apresentam peças da estatuária bizantina, do primeiro e do segundo períodos em que Creta fez parte do Império. De realçar, alguns utensílios de bronze provenientes da basílica de São Tito (discípulo de São Paulo e primeiro bispo de Creta) em Gortyna, então capital da ilha, e da qual se podem hoje apreciar as ruínas. Não confundir com a igreja de São Tito, existente em Heraklion.

Utensílios religiosos da basílica de São Tito

Depois do século e meio de dominação árabe, que terminou em 961, Creta foi reconquistada pelos bizantinos e a sede do governo desta divisão administrativa do Império passou para Khandak, que. aliás, já era a capital desde os últimos tempos da ocupação árabe. Verificou-se então uma intensificação do sentimento religioso, testemunhado pela construção de muitas igrejas, utilizando algumas na sua construção materiais pertencentes a edificações anteriores, o que se tornou num costume ao longo da acidentada história da ilha.

Capitel de mármore da época paleocristã
Fragmento de capitel com o nome de Eumathios, general do exército da divisão administrativa de Creta

As salas 6 e 7 são dedicadas à escultura veneziana. É sabido que a ilha foi vendida ao doge Dandolo por Bonifácio de Montferrat, um dos chefes da Quarta Cruzada que se apossara de Constantinopla, deslocando assim o centro do Império Bizantino. A Sereníssima República atribuiu desde o início uma grande importância ao novo território, instituindo um apertado sistema de governo, servido por uma multidão de funcionários, e assegurando uma gestão diligente dos negócios do reino de Candia, denominação pela qual os novos senhores passaram a designar Creta. O leão de São Marcos, símbolo de Veneza, foi colocado nos edifícios administrativos e nas muralhas e, ainda hoje, como referi em post anterior sobre a ilha, se pode ver esse símbolo na fortaleza de Koules.

Leão alado (relevo proveniente das muralhas de Candia)
Fonte da casa "Ittar", em Heraklion
Brasão da família Kallerghis

A sala 8 apresenta vários fragmentos de frescos bizantinos, de carácter naturalmente religioso, já que a arte estava ao serviço do dogma ortodoxo, que cimentava os povos que compunham o Império. Além dos frescos que ornamentavam as paredes das igrejas, há a considerar os ícones, que tiveram (e têm) a maior importância na religião ortodoxa.

São João Baptista (fragmento do fresco da igreja de São Fanurios, em Varsamonero)

A sala 9 conserva a colecção numismática, dividida em secções que ilustram a vida económica da ilha em todos os períodos da sua história. O material exposto inclui moedas, notas de banco, selos de chumbo, medalhas, pesos, manuscritos, etc.

A primeira secção é consagrada ao passado da ilha, desde a introdução do uso da moeda, cerca do século V AC até ao século V da nossa era. A segunda secção é consagrada inteiramente ao primeiro período bizantino (séculos VI e VII). A terceira secção conjuga o período árabe com o segundo período bizantino. As moedas respeitantes ao período árabe constituem uma parte da mais completa colecção numismática existente no mundo cunhada no Emirado de Creta (827-961). Dão testemunho da fase mais enigmática da história da ilha. A quarta secção cobre o período da reconquista bizantina até à ocupação veneziana (961-1204/11). É uma época de grande prosperidade económica, ao mesmo tempo que a autoridade do Império se degrada. A quinta secção é consagrada ao período veneziano, que termina em 1669. Está exposta a quase totalidade das moedas que circularam nesta época, com especial ênfase para as que foram cunhadas para uso exclusivo de Creta. A sexta secção trata da situação monetária durante a ocupação otomana, que durou até 1898. A integração da ilha nas redes comerciais ocidentais leva a que as bolsas cretenses se encham não só das moedas locais oficiais, sucessivamente desvalorizadas mas de uma grande variedade de moedas estrangeiras. Na sétima secção são mostradas moedas do breve período de Creta autónoma (1898-1913) cunhadas fora da ilha. A oitava e última secção trata da evolução monetária a partir da união à Grécia, até ao desaparecimento da dracma. Inclui moedas estrangeiras, substitutos monetários locais, notas de banco, até ao euro, com o rapto de Europa por Zeus numa face e a efígie de Eleftherios Venizelos na outra.

Cnossos - Moeda de bronze (33/32 C)
Bizâncio - Moeda de ouro de Constâncio II (642-668)
Emirado Árabe - Moeda de bronze (século IX)
Veneza - Moeda de bronze do Doge Giovanni I Cornaro (1625-1629)
Império Otomano - Moeda de prata do sultão Abdul Hamit II (1876-1909)
Creta Autónoma - Moeda de prata do Príncipe Jorge (1901)
República Grega - Moeda de prata (1930)

O resto da exposição está centrada em diferentes grupos de objectos, possuindo todos um peso histórico específico. Selos de chumbo e carimbos para uso paramonetário, medalhas cretenses, acompanhadas da respectiva documentação. Uma vitrina é dedicada aos dois grandes doadores da colecção numismática: o casal Nicolas e Theano Metaxas e os herdeiros Galenianos.

Frasco para transporte de água benta (século VI)

A sala 11 é dedicada à colecção bizantina e pós-bizantina. Com a introdução do cristianismo em Creta a partir do século V, até ao período otomano, e mesmo durante este, os aspectos da vida e da cultura religiosa exprimem-se através não só das obras de arte mas igualmente dos objectos de uso corrente. Humildes ou preciosos, eles constituem testemunhos da fé dos seus proprietários: lâmpadas de óleo em terracota ou em bronze marcadas com uma cruz, frascos de cerâmica para transporte de água benta do lugar do culto para casa, selos de madeira ou de cerâmica para imprimir símbolos cristãos no pão, talismãs e pedra ou de metal com a imagem do santo protector (supostamente para substituir os fetiches com poderes mágicos do fim do Império Romano).

Manuscrito das homilias de São João Crisóstomo (sécuo XVII)

Os mosteiros serviam de guardiães da identidade religiosa da população. Eram uma espécie de polos religiosos para os cristãos ortodoxos e tendo participado nas rebeliões e revoluções cretenses, tornaram-se também eminentes centros artísticos e educativos. Monges letrados e esclarecidos neles copiavam textos teológicos, evangelhos e escritos dos Padres da Igreja. Estes manuscritos medievais caligrafados, primeiro em pergaminho e depois em papel, e magnificamente iluminados, não só nos transmitiram importantes textos como constituem também verdadeiras obras de arte.

Cristo, por Emmanuel Bounialis (1675)

As oferendas dos fiéis às igrejas e aos  mosteiros e os objectos de culto, esculturas de madeira e peças de ourivesaria em prata são de grande qualidade artística. Também numerosos mosteiros acolhiam oficinas de tecelagem, de joalharia e de produção de vasos para uso litúrgico.

Anel de prata gravado com a cruz e o monograma de Cristo

É, contudo, a pintura religiosa que constitui a forma principal de expressão artística. Quando Constantinopla, caída nas mãos dos otomanos em 1453, deixou de desempenhar o seu papel de metrópole cultural do conjunto da cristandade oriental, regista-se a partir do século XVI a até meados do século XVII um excepcional desenvolvimento de novas correntes artísticas na Creta veneziana, a que não são alheias as influências ocidentais do Renascimento, ainda que a escola de pintura cretense continue regida pela espiritualidade bizantina do século XV. Os múltiplos ícones que ornamentam as naves dos mosteiros e as paredes das igrejas são testemunho dessa fidelidade à tradição, mas também da busca de uma nova estética. Abrem-se em Creta numerosos ateliers de artistas que procuram responder às encomendas dos comerciantes de Veneza, que desejam satisfazer os seus clientes. No seio desta comunidade artística vão emergir pintores de grande reputação, como é o caso de Domenikos Theotokopoulos, que a história ficaria a conhecer como El Greco. A tomada de Creta pelos turcos significa o fim do Renascimento cretense. Letrados e artistas fogem para Veneza ou para as ilhas Jónias.Um dos últimos pintores a abandonar a ilha será Emmanuel Tzanes Bounialis, que acabará, também ele, por se exilar em Veneza.

MuseuEl Greco, em Fodele

Nascido em Candia (Heraklion) ou, segundo muitos sustentam, em Fodele (27 km a oeste de Heraklion e onde existe mesmo um Museu El Greco), em 1541, Domenikos Theotokopoulos obteve em Candia o título de maestro em 1563. Nos finais dos anos 1560 partiu para Veneza, de que Creta era então uma colónia. Foi aluno do Ticiano e frequentou os artistas mais conhecidos do seu tempo. Em 1577 rumou a Espanha, acabando por se instalar definitivamente em Toledo, onde morreu em 1614. O estilo profundamente original que caracteriza as suas obras, em especial o alongamento exagerado das formas humanas (que alguns admitem dever-se a uma deficiência visual) e o tratamento dramático das paisagens, o uso audacioso das cores e da luz, tornaram-no famoso. Está hoje representado nos principais museus do mundo, especialmente em Madrid, no Museu do Prado.

"Vista do Monte Sinai e do Mosteiro de Santa Catarina"
"O Baptismo de Cristo"

Existem duas, e apenas duas, obras de El Greco em Creta, e que estão expostas neste Museu: Vista do Monte Sinai e do Mosteiro de Santa Catarina (c. 1570) e O Baptismo de Cristo (1567). A primeira não está assinada mas consta do catálogo da colecção Fulvio Orsini, bibliotecário do cardeal Alessandro Farnese, além de que El Greco reproduziu esta mesma paisagem, desta vez assinada, no Tríptico de Modena. O quadro foi adquirida pela Fundação Andréas e Maria Kalokairinos em 1990 e está desde então exposto no Museu. O segundo quadro foi adquirido pelo Município de Heraklion em 2004, e está igualmente exposto desde essa data, a título de empréstimo a longo prazo.

Colunas de túmulos otomanos de Heraklion

A sala 12 apresenta uma introdução à Colecção Histórica, desenvolvida na sala 13 (Período Otomano) e na sala 14 (século XIX e começo do século XX). A conquista de Creta pelos otomanos em 1669 mudou a natureza da ilha. Os laços estreitos que Creta mantinha com o Ocidente foram substituídos pelas influências orientais. Verificou-se uma difusão da religião muçulmana à qual se converteu uma parte não negligenciável da população cristã. Durante mais de três séculos e meio registou-se uma islamização da vida social e cultural com as consequentes implicações na vida local. A língua oficial passou a ser o turco (então ainda escrito em caracteres árabes), embora o grego e particularmente o dialecto cretense continuassem a ser usados na vida quotidiana. A arquitectura assume um aspecto oriental, com a presença dos minaretes das mesquitas, mas nos interiores das casas e no vestuário é encontrada uma solução de compromisso entre o que é oriental e o que é propriamente cretense. Os numerosos monumentos religiosos do islão e a presença de derviches (atestada por documentos) constituem sinais exteriores característicos do período otomano cretense. Tal como as inscrições e as placas votivas colocadas nas paredes das mesquitas. Vários documentos administrativos, redigidos em turco antigo e em grego informam-nos acerca das relações que as autoridades muçulmanos mantinham com a igreja ortodoxa.

Stratis Deliyannakis

O despertar do sentimento nacional nos Balcãs leva a que os habitantes cristãos da ilha se comecem a definir como gregos, procurando libertar-se do jugo otomano e reivindicando abertamente a adesão de Creta ao reino da Grécia. Esta contestação da autoridade otomana provoca reflexos de defesa da minoria muçulmana, o que leva à instauração de um clima de tensão generalizada e de insegurança. As insurreições frequentes da população cristã desenvolvem no seu seio uma espécie de tradição épica cujos heróis assumem uma dimensão mítica. É o caso do chefe de guerra Mihalis Korakas e do grande resistente Stratis Deliyannakis. O massacre do mosteiro de Arkadi tornou-se um dos símbolos das lutas dos cretenses pela sua libertação e os estandartes, as armas e os objectos que pertenceram aos combatentes constituem preciosa relíquias da época.

Prato comemorativo do massacre do mosteiro de Arkadi

A última e mais sangrenta insurreição dos cretenses contra a suserania otomana teve lugar em 1897 e provocou a intervenção das grandes potências. Foi então encontrada uma solução provisória: Creta continuava formalmente dependente do Império Otomano mas acedia a uma autonomia alargada, com Constituição, parlamento e sistema administrativo próprio. Para Alto-Comissário deste Estado Autónomo de Creta foi designado em 1898 o príncipe Jorge da Grécia, segundo filho do rei Jorge I da Grécia. Surge então no campo político um advogado brilhante, Elefthérios Venizélos, que entra em conflito com o alto-comissário a partir de 1905 e se vai tornar numa das principais figuras políticas na luta pela reunião de Creta à Grécia. Viria a ser primeiro-ministro de Creta (1910) e mais tarde, e por diversas vezes, primeiro-ministro da Grécia. A união de Creta à Grécia foi concretizada em 1913.

Elefthérios Venizélos

A colecção da Segunda Guerra Mundial está distribuida pela sala 15 (Batalha de Creta, Ocupação e Resistência) e pela sala 16 (Sala Emmanouil Tsouderos).

Emmanouil Tsouderos

A eclosão da Segunda Guerra Mundial em 1939 surpreende a Grécia num período em que procura equilíbrios internos e externos. O país projectava prermanecer neutro mas, em 28 de Outubro de 1940, a Itália passa ao ataque. O conflito vai durar seis meses. Os combates desenrolam-se primeiro na fronteira da Grécia com a vizinha Albânia, depois no território albanês onde as tropas gregas alcançam vitórias. Porém, a invasão do norte do país pelas tropas alemãs em 1941 vai inverter a relação das forças em presença. O exército grego retira-se para Creta, ainda livre, onde se refugiam o rei Jorge II e o primeiro-ministro Tsouderos. Em 20 de Maio de 1941, após um intenso bombardeamento aéreo alemão, começa a invasão da ilha. É a Batalha de Creta. As unidades gregas estacionadas na ilha, mal equipadas, e a população civil, armada de velhas espingardas, oferecem uma resistência tenaz aos invasores até 30 de Maio, altura em que começa a ocupação ítalo-alemã da ilha. Uma parte da população urbana procura refúgio nas montanhas, durante os três anos e quatro meses que iria durar a Ocupação, durante a qual os invasores restringiram drasticamente o movimento dos habitantes e efectuaram pilhagens sistemáticas e execuções frequentes de civis. A Resistência nas cidades e nos campos começou desde os primeiros dias da invasão, tendo como primeiro objectivo ajudar as unidades aliadas que tinham ficado na ilha a embarcarem para o Egipto. Constituiram-se redes de combatentes que passaram à clandestinidade. O acontecimento mais espectacular destas operações foi o rapto do general alemão Heinrich Kreippe do seu quartel-general em Cnossos por dois oficiais britânicos e dois partisans cretenses. As represálias alemãs foram terríveis, sendo presos e executados 62 cidadãos de Heraklion, escolhidos entre os mais notáveis. E massacrada e deportada a população de muitas aldeias. A retirada alemã começou em Outubro de 1944, e a rendição às forças aliadas teve lugar na Villa Ariadni, em Cnossos, em 9 de Maio de 1945.

Escritório e biblioteca de Emmanouil Tsouderos na sua casa de Atenas

As salas 17, 18 e 19 são dedicadas ao célebre escritor cretense Nikos Kazantzakis. Nascido em Heraklion em 18 de Fevereiro de 1883, Kazantzakis passou a infância em Creta durante o período da ocupação otomana. Leitor assíduo desde muito jovem, estudou depois direito em Atenas e filosofia em Paris. Viajou um pouco por todo o mundo e tornou-se um admirador de Lenin, mas nunca se converteu ao comunismo, tendo mesmo manifestado desilusão com a ascenção de Stalin. É autor de uma vasta obra, em que se destacam os romances Zorba, o Grego (que o celebrizou), O Capitão Mihalis (conhecido pelo título Liberdade ou Morte), A Paixão Grega (conhecido como Cristo Recrucificado) e A Última Tentação. Foi igualmente tradutor, ensaista, dramaturgo e autor de livros de viagens. Várias vezes proposto para o Prémio Nobel da Literatura, perdeu o galardão por um voto a favor de Albert Camus, em 1957. Morreu na Alemanha em 26 de Outubro de 1957 e está sepultado no cemitério de Heraklion.

Biblioteca de Nikos Kazantzakis

Alguns meses antes de morrer, Nikos Kazantzakis legou à Socidade de Estudos Históricos Cretenses a sua biblioteca e os seus manuscritos, para que integrassem o novo Museu.

Busto de Kazantzakis, em Heraklion

As salas 20, 21, 22 e 23, no último piso, abrigam a Colecção Etnográfica

Reprodução de uma casa de camponeses de uma só divisão


NOTA: Algumas imagens são retiradas do Catálogo do Museu


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